2020 foi anunciado como o Ano Internacional do Enfermeiro e da Parteira: uma homenagem não apenas justa, mas providencial. De fato, naquele mesmo ano, a humanidade se viu surpreendida por uma pandemia que ainda viria a infligir imenso sofrimento, dor e morte a milhões de famílias de todas as regiões do planeta – e que se estende até hoje.
Em plena pandemia de covid-19, os trabalhadores da proteção da vida humana foram ainda mais reconhecidos no “seu” ano, junto com os médicos e todos os profissionais que atuaram e atuam, direta ou indiretamente, na área da saúde. A própria pandemia nos recordou, com força, o quanto eles são decisivos para o bem da humanidade.
Números impactantes
Segundo números da OMS, enfermeiros e enfermeiras participam de pelo menos 50% dos atendimentos de saúde realizados no mundo. Há no planeta 22 milhões de enfermeiros e 2 milhões de parteiras, 70% dos quais são mulheres. A maior carência desses profissionais se verifica no Sudeste Asiático e na África.
Estimativas da OMS divulgadas ainda antes da pandemia já calculavam que, ao longo desta década, serão necessários 18 milhões de trabalhadores da saúde para dar conta do aumento das necessidades de atendimento – e metade desse número é formado por enfermeiros e parteiras. Os números não foram atualizados durante a pandemia, mas é muito provável que a necessidade deles se torne ainda maior na nova realidade que começamos a partir a partir da emergência sanitária, com novos olhares sobre a prevenção e os cuidados de saúde a serem adotados pelas sociedades de toda a Terra.
Homenagem e gratidão do Papa
Foi a esses profissionais que o Papa Francisco dedicou palavras especiais no Ângelus de 19 de janeiro daquele mesmo 2020, antes da declaração oficial de pandemia, que viria a ser feita somente em março. É necessário recordar essas palavras do Papa com especial gratidão:
“Tenho o prazer de recordar que 2020 foi designado, internacionalmente, como o Ano do Enfermeiro e da Parteira. Os enfermeiros são os trabalhadores de saúde mais numerosos e mais próximos dos doentes e as parteiras realizam, talvez, a mais nobre entre as profissões. Rezemos por todos eles, para que possam cumprir da melhor forma o seu precioso trabalho”.
Na manhã de 12 de maio do mesmo ano, já com a realidade da pandemia brutalmente instalada na vida dos povos de toda a terra, Francisco fez questão de voltar a falar dos enfermeiros e parteiras ao início da Santa Missa na Casa Santa Marta:
“Hoje é o Dia dos Enfermeiros. Ontem enviei uma mensagem. Rezemos hoje pelos enfermeiros e enfermeiras, homens, mulheres, rapazes e moças que têm essa profissão que é mais que uma profissão: é uma vocação, uma dedicação. Que o Senhor os abençoe. Neste tempo da pandemia, deram exemplo de heroísmo e alguns deram a vida. Rezemos pelos enfermeiros e enfermeiras”.
São palavras que não têm prazo de validade: merecem ser recordadas sempre.
Parabéns e muito obrigado a cada um desses profissionais que se entregam de corpo e alma pelo bem-estar da família humana. Que Deus os abençoe com abundância!
