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Brasil: imprensa repercute canonização de padre mártir do nazismo

TITUS BRANDSMA

Public Domain

Francisco Vêneto - publicado em 16/05/22

Cerimônia presidida ontem pelo Papa Francisco reuniu mais de 50 mil pessoas na Praça de São Pedro

A imprensa brasileira repercutiu a canonização de um padre mártir do nazismo durante a II Guerra Mundial: o pe. Titus Brandsma, de fato, foi um dos dez beatos que o Papa Francisco canonizou neste domingo, 15 de maio, na Praça de São Pedro.

Mártir do nazismo

O sacerdote holandês, que era carmelita e trabalhava na Universidade Católica de Nijmegen, já se manifestava contra a ideologia nazista antes mesmo da guerra e da invasão alemã à Holanda, ocorrida em 1940. Durante a ocupação, o sacerdote católico ergueu a voz contra as leis nazistas que discriminavam e perseguiam os judeus e exortou os jornais católicos da Holanda a não publicarem propaganda nazista.

Preso em 1942, ele passou por presídios holandeses antes de ser deportado para Dachau, na Alemanha, onde foi submetido a cruéis experimentos biológicos. O padre Titus foi assassinado naquele mesmo ano, mediante injeção letal. Tinha 61 anos de idade. Tendo morrido em nome da fé e como vítima direta do ódio à fé, o sacerdote holandês é venerado como mártir.

Canonização

A cerimônia de canonização do pe. Titus e de outros nove beatos, que passam portanto a ser venerados como santos, foi presidida pelo Papa Francisco na presença de mais de 50 mil pessoas, uma das maiores aglomerações registradas em Roma desde a flexibilização das restrições contra a covid-19, no começo deste ano.

Devido às dores no joelho e na perna que tem padecido há meses, o Papa de 85 anos precisou de cadeira de rodas para celebrar a Santa Missa. Mesmo assim, ficou de pé durante várais partes da celebração e fez a homilia “com voz forte”, como observou a Agência Brasil, um dos veículos brasileiros que destacaram a canonização.

Os outros novos santos

Além de São Titus Brandsma, padre mártir do nazismo, também foram canonizados neste domingo dois padres italianos e quatro fundadoras religiosas que traziam o nome de Maria. Saiba mais a respeito delas neste artigo.

Os outros três novos santos são o padre francês Cesar de Bus, que fundou uma ordem religiosa no século XVI; o indiano Devasahayam Pillai, que morreu por se converter ao cristianismo na Índia do século XVIII; e, talvez o mais famoso do grupo, o padre francês Charles de Foucauld, um nobre que, antes de se converter e ser ordenado sacerdote, foi soldado, explorador e geógrafo no século XIX. São Charles de Foucauld viveu como eremita entre os povos berberes do norte da África e publicou o primeiro dicionário tuaregue-francês. Foi assassinado em 1916 durante uma tentativa de sequestro por invasores beduínos na Argélia.

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IdeologiaMártiresnazismoPapa FranciscoPerseguiçãoSantos
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