Boletim Direto do Vaticano, 18 de maio
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A poucas semanas da viagem apostólica de Francisco à RDC e Sudão do Sul
Por Anna Kurian – Enquanto o Papa Francisco se prepara para partir para a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul (2-7 de Julho), o Padre Stanley Lubungo, Superior Geral dos Missionários de África (Padres Brancos), que estão presentes nestes dois países, pinta um quadro da Igreja ali presente. Em Roma, algumas pessoas têm dúvidas sobre a viabilidade desta longa viagem para o Papa de 85 anos, que está a sofrer de dores no joelho. Mas, segundo o Superior Geral, os povos de ambos os países aguardam a visita “com grande entusiasmo” e os preparativos estão bem encaminhados. Na RDC, explica o Padre Lubungo, um conhecedor que aí esteve em missão, os Padres Brancos são mais de uma centena, de várias nacionalidades. A congregação participou nos primeiros dias da evangelização neste país francófono da África Central, no final do século XIX. “A Igreja Congolesa é uma das mais vibrantes do continente”, diz o missionário da Zâmbia.
A Igreja está “muito presente a nível social, e na educação em direito civil”, continua ele. Graças à Igreja, os cidadãos estão muito interessados no que a política pode trazer ao seu país. Durante as campanhas políticas, há muitos cristãos que se comprometem, em nome da sua fé, a procurar a paz numa nação que é muito rica, mas onde a pobreza é generalizada. Numa terra que tem sido palco de violência étnica durante anos, diz o Padre Lubungo, o Papa virá com a sua mensagem de paz. Ele está certo de que este evento “encorajará o povo no seu compromisso de reconciliação”. Em Goma em particular, o chefe da Igreja Católica irá encontrar-se com as vítimas do terrorismo, que é generalizado nesta província do Kivu do Norte, no leste da RDC.