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Papa Francisco: desabafar e protestar com Deus também é oração

Desabafar com Deus

Pedro Dias-(CC BY-ND 2.0)

Francisco Vêneto - publicado em 18/05/22

Afinal, Deus é Pai: "Ele não se assusta com a nossa oração de protesto: Deus compreende"

Desabafar e protestar com Deus também é oração, afirmou hoje o Papa Francisco durante a audiência geral das quartas-feiras, na Praça de São Pedro.

Ele deu andamento à série de catequeses sobre a velhice e abordou hoje o livro de Jó, um homem que, nas palavras do Papa, “compreendeu o mistério da ternura de Deus escondida por detrás do Seu silêncio”.

Provações muito pesadas

Segundo Francisco, o livro de Jó representa de modo dramático e exemplar “o que acontece na vida”. E explicou:

“Sobre uma pessoa, sobre uma família ou sobre um povo, recaem provações muito pesadas, provações desproporcionais em relação à pequenez e à fragilidade humanas”.

Dando exemplos, o Papa mencionou “os pais de crianças com deficiências graves” ou “aqueles que vivem com uma enfermidade permanente”, situações que, muitas vezes, ainda são “agravadas pela escassez de recursos econômicos”.

“Em certos momentos da história, parece que esses acúmulos de fardos chegam todos juntos. Isto foi o que aconteceu nos últimos anos com a pandemia da covid-19 e com o que agora está acontecendo na guerra na Ucrânia”.

Desabafar com Deus

O Papa observou então que os filhos de Deus podem “protestar” diante d’Ele e desabafar com Deus pelos problemas e situações dolorosas da vida, porque “o protesto é um modo de oração”:

“Se você tem alguma chaga no coração, alguma dor, e tem vontade de protestar, então proteste também diante de Deus. Deus escuta você. Deus é Pai. Deus não se assusta com a nossa oração de protesto! Deus compreende”.

Como numa família

Afinal de contas, é normal e até desejável, dentro de uma família, que os filhos saibam desabafar com confiança e transparência diante dos pais, em vez de guardarem sentimentos sufocados que um dia poderiam explodir.

É verdade que às vezes acontecem exageros injustos na forma do desabafo, mas isto pode ser equilibrado e corrigido mediante o diálogo, a abertura, a capacidade de ouvir o outro.

Desabafar com Deus é semelhante: Ele entende perfeitamente os nossos desafogos. Precisamos nos abrir – mas também saber escutá-Lo.

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