A Tesla, empresa fabricante de carros elétricos autônomos do bilionário Elon Musk, seria a próxima companhia norte-americana a pagar viagens de funcionárias para fazerem aborto?
A pergunta surge com base no Relatório de Impacto 2021 publicado pela empresa. O documento anuncia “uma ampla rede de seguros de saúde” para os funcionários, que inclui apoio a viagens para quem precisar de “serviços de saúde não disponíveis nos seus estados de residência”.
Diversas outras empresas dos EUA anunciaram medida semelhante, incluindo o aborto entre os alegados “serviços de saúde”. É o caso da Amazon, da Starbucks, do Citigroup e da Yelp, que já confirmaram que bancarão as despesas de suas funcionárias que viajarem para outros estados do país a fim de abortar.
A “oferta” se deve à possibilidade de revogação, por parte da Suprema Corte dos EUA, da decisão judicial Roe versus Wade, que, em 1973, baseada em uma farsa, legalizou o aborto em todo o território nacional.
Caso a sentença seja finalmente anulada, os estados do país voltarão a ter autonomia para implementar sua própria legislação no tocante ao aborto. Neste provável cenário, pelo menos 26 dos 50 estados federados deverão restringir a prática.
Em 17 de maio, a agência católica ACI Prensa questionou a Tesla sobre a inclusão ou não do aborto entre os supostos “serviços de saúde” oferecidos pela empresa aos funcionários, mas, até o momento desta publicação, não havia obtido retorno.
