Quarta-feira, 25 de Maio de 2022
1 – Esta é a função mais difícil na Cúria Romana
2 – Marketing religioso: “11 lições para uma melhor evangelização
3 – A oposição ao aborto nos Estados Unidos não se baseia apenas na religião
4 – Confidências do embaixador dos EUA junto da Santa Sé
5 – Francisco no Quebeque: uma visita papal mais sóbria do que em 1984
É um trabalho sobre o qual os não-iniciados pouco ou nada sabem. No entanto, a posição de substituto dos assuntos gerais na Secretaria de Estado é sem dúvida a mais difícil e estratégica da Cúria Romana”, explica John Allen. Como chefe de gabinete do Papa, o substituto é o único – segundo a tradição – que tem o direito de ver o pontífice sem marcar horário. “Na maioria das vezes, é o substituto que lida com cerca de 90% das decisões que um papa tem de tomar. No século XX, dois antigos substitutos tornaram-se papas, Bento XV e Paulo VI”, acrescenta o vaticanista de Crux. Sob o mandato de Francisco, foi o cardeal Angelo Becciu que – apesar do contexto – pôs em evidência esta função. Indiciado no julgamento do edifício de Londres, o cardeal italiano foi destituído do cargo pelo Papa em 2020. Neste artigo, John Allen não tenta descobrir se Angelo Becciu é culpado ou inocente. Mas quer mostrar que mesmo os mais experientes não poderiam cumprir devidamente a missão de substituto, tão grande é a complexidade dos casos a serem tratados. Cita um funcionário do Vaticano que lhe disse como seria um substituto ideal: “Esta figura tem de pensar em uma palavra de um discurso papal, em quem vai ser nomeado bispo numa área sensível, em qual é a última pequena disputa com o pessoal do Vaticano, e também qual a política que o Vaticano deve adotar numa grande disputa teológica”.
Crux, inglês
2 – Marketing religioso: “11 lições para uma melhor evangelização
“Fundamentos de marketing religioso: 11 lições para melhor evangelizar”. Este é o título do livro de Carlos Luna, revisto pelo site religioso espanhol Religion Digital. “As pessoas pensam que o marketing é a mesma coisa que vender. Gosto de defini-lo como empatia, uma atitude relacional que os seres humanos têm, e é a atenção que Jesus praticou com aqueles que encontrou no seu caminho, com o objetivo de satisfazer as suas expectativas”, explica Carlos Luna, um dominicano, no livro. Ele insiste que se concentra nos desejos e necessidades daqueles que recebem a Boa Nova, e não na forma como a Igreja ou outros atores religiosos apresentam e comunicam a mensagem. O teólogo que resenhou o livro, Padre Jesus Espeja, chama à ideia de Luna uma “contribuição gratificante” que faz parte da renovação “sugerida pelo Concílio [Vaticano II]” e que “está hoje a ser encorajada pelo Papa Francisco”. Ele aprecia particularmente a ênfase que Luna dá à empatia.
Religion Digital, espanhol