Pode ser um dos maiores escândalos de saúde do nosso tempo: a mudança de sexo de crianças e adolescentes que a solicitam sem medir todas consequências
A Academia Nacional de Medicina da França fala de um fenómeno semelhante a uma epidemia. Um psicanalista do hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris, que atende jovens interessados na transexualidade fala de uma “onda gigantesca”. Há de fato cada vez mais jovens a expressar esta profunda problemática: ter o sentimento de pertencer ao outro sexo que não o seu, ou por vezes a “não ter sexo”. Muitos deles começam com transições sociais (mudando o seu primeiro nome, aparência e comportamento) e depois passam por transições médicas (injetando hormônios, fazendo cirurgias e, para alguns, administrando bloqueadores de puberdade).
Na França, como em muitos países, os números e o seu aumento são espantosos. Por exemplo, o número de diagnosticados com transexualidade ou disforia de género aumentou 10 vezes entre 2013 e 2020.