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Novo cardeal mais jovem da Igreja tem 47 anos e é missionário num país que nem tem 1.500 católicos

Cardeal Giorgio Marengo, o cardeal mais jovem da Igreja em 2022

Arcivescovo.vercelli, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Francisco Vêneto - publicado em 31/05/22

"É uma aventura muito bonita e interessante, guiada pelo Espírito, como nos primeiros séculos da Igreja"

O novo cardeal mais jovem da Igreja tem 47 anos de idade e é missionário em um país que só tem 1.500 católicos: a Mongólia.

Trata-se de um salto geracional histórico, dado que vinha sendo muito pouco plausível considerar-se um cardeal da faixa dos quarenta anos. De fato, o último a romper uma “barreira etária” significativa tinha sido o cardeal Dieudonné Nzapalainga, da República Centro-Africana: ele tinha 55 anos.

Missionários na Mongólia

Quanto à Mongólia, é uma terra de missão com tão pouca trajetória cristã que o primeiro padre católico mongol, em toda a história de 2.000 anos do cristianismo, só foi ordenado em 16 de agosto de 2016!

Na época, Aleteia compartilhou esse relato inspirador e teve a felicidade de entrevistar o recém-ordenado pe. Joseph Enkhee-Baatar. Recorde:

Diante deste panorama, é natural que o novo cardeal a ser criado pelo Papa Francisco no final de agosto para a Mongólia ainda seja um estrangeiro: dom Giorgio Marengo é italiano e chegou como missionário em 2003 à Mongólia, para acompanhar a pequena comunidade cristã de Alvaiheer, na região de Uvurkhangai.

O novo cardeal, que é missionário da Consolata, continuará como prefeito apostólico no longínquo país asiático, onde ainda não existem bispos e muito menos arcebispos, já que a missão na Mongólia é relativamente muito recente e conta com uma comunidade ainda bem pequena.

De fato, são pouco menos de 1.500 fiéis no total do país, que tem população de cerca de 3,5 milhões de habitantes. Há somente 8 paróquias católicas em toda a Mongólia – mas elas representam um crescimento considerável, sabendo-se que, neste 2022, celebram-se apenas 30 anos de relações diplomáticas entre a Santa Sé e o estado mongol.

Após séculos e séculos de isolamento, a Mongólia ainda passou, no século XX, pelas agruras do regime comunista, que, como é próprio de toda ditadura, restringiu drasticamente a já pouca liberdade religiosa.

O primeiro templo católico no país foi abençoado em 1996, com apenas 150 paroquianos: foi a Catedral de São Pedro e São Paulo em Ulan Bator, a capital. Atualmente, junto com dom Marengo, vivem na Mongólia outros cinquenta missionários católicos dedicados à pastoral social.

O novo cardeal mais jovem da Igreja comenta o panorama:

“É uma aventura muito bonita e interessante, guiada pelo Espírito, como nos primeiros séculos da Igreja”.

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