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Doença repentina mata líder da mítica Ordem de Malta

Marco Luzzago, Ordem de Malta

Ordem de Malta | Cortesia

Francisco Vêneto - publicado em 09/06/22

A Ordem Soberana e Militar de Malta é conhecida como a "equipe de emergências" da Igreja

Uma doença repentina matou o líder da mítica Ordem de Malta, o médico italiano Marco Luzzago, de 71 anos, que estava à frente da instituição havia pouco menos de dois anos.

O comunicado veiculado pela ordem nesta quarta, 8, informa que Luzzago morreu em Villa Ciccolini, na província italiana de Macerata.

O médico foi eleito em 8 de novembro de 2020 como lugar-tenente do grão-mestre, um cargo tradicionalmente vitalício, que, no entanto, ele havia assumido em caráter provisório para o período inicial de um ano, até que o novo grão-mestre fosse eleito.

O Papa Francisco, porém, estendeu o seu mandato durante o processo de reforma constitucional da ordem, que havia começado em 2017 a partir da renúncia do então grão-mestre, frei Matthew Festing. Seu sucessor, Giacomo dalla Torre del Tempio di Sanguinetto, faleceu em abril de 2020, aos 75 anos.

Com o falecimento de Luzzago, as funções de liderança da Ordem de Malta serão assumidas temporariamente pelo grão-comendador Ruy Gonçalo do Valle Peixoto de Villas-Boas, de 83 anos, em cumprimento do artigo 17º da constituição da ordem. Como tenente interino, ele chefiará a instituição até a eleição do próximo grão-mestre.

A Ordem de Malta, uma histórica “força de emergências”

A Ordem Soberana e Militar de Malta é conhecida como a “equipe de emergências” da Igreja, dado que os seus membros vão “a qualquer lugar, a qualquer momento, colocando-se a serviço dos doentes e dos pobres”.

A ordem é uma entidade internacional independente cuja soberania lhe permite emitir seus próprios passaportes, concedendo nacionalidade maltesa a todos os seus membros – muito embora a sua sede já não se encontre em Malta, mas em Roma. Trata-se de um “quase-Estado”: a Ordem de Malta não é um “país” propriamente dito, mas uma organização internacional autônoma que mantém relações diplomáticas com 105 Estados, nos quais até possui embaixadas.

Por sua soberania juridicamente reconhecida, a ordem tem representação na ONU e é filiada à Cruz Vermelha e a outras organizações internacionais. Atua como organização humanitária internacional, fundando hospitais e centros de reabilitação em diversos países, principalmente na África.

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