Em um comunicado de imprensa emitido em 2 de junho, o Bispo Dominique Rey, da diocese de Fréjus-Toulon, anunciou que o Vaticano solicitou a suspensão das ordenações marcadas para 26 de junho - uma decisão considerada rara de acontecer.
Sem nenhuma explicação real, o texto indica que o bispo foi instruído a "suspender as ordenações diaconais e sacerdotais". Quatro futuros diáconos e seis futuros sacerdotes terão, portanto, que esperar, já que o comunicado não dá qualquer informação sobre uma possível nova data.
A declaração repercutiu mal entre os jovens que se preparam nos últimos seis ou sete anos em um seminário - o de La Castille, entre Toulon e Hyères - onde cerca de 70 seminaristas estão estudando.
Esta é uma das dimensões do problema. Terceiro maior seminário da França em termos de números, o Castille acolhe muitos jovens de novas comunidades ou estrangeiros de longe, inclusive da América Latina.
A decisão de suspender as ordenações veio depois que o Vaticano solicitou ao Arcebispo de Marselha, D. Jean-Marc Aveline, uma visita fraterna ao seminário e à diocese. O site Gaudium Press informou que, de acordo com a agência de notícias AFP, "uma fonte de informação do Vaticano teria revelado que a gestão do seminário diocesano suscitou questionamentos no Vaticano. Especialmente no que toca à acolhida de novas comunidades religiosas."
Entretanto, sem nenhuma medida disciplinar ou mesmo um pedido de reestruturação do seminário para permitir um discernimento sereno, Roma pediu que as ordenações fossem suspensas. Uma decisão que é recebida "com dor e confiança", mas que certamente levantará dúvidas, talvez injustamente, sobre o trabalho pastoral em Toulon.