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Santo Antônio de Pádua não era Antônio nem era de Pádua

Santo Antônio de Pádua

Fot. DDP | Unsplash | CC0

Francisco Vêneto - publicado em 13/06/22

Mas calma: ele existiu, sim, e é um dos maiores santos da história da Igreja

Santo Antônio de Pádua não era Antônio nem era de Pádua. Mas calma: ele existiu, sim, e é um dos maiores santos da história da Igreja.

Acontece que o seu nome de batismo era Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Ele só passou a se chamar Antônio aos 25 anos, quando se tornou frade franciscano.

Venerado como um dos santos mais populares do mundo, é conhecido “quase mundialmente” como Santo Antônio de Pádua. O “quase” fica por conta de Portugal, que, com a devida razão, o chama de Santo Antônio de Lisboa.

Ocorre que Santo Antônio era, de fato, português, e, também de fato, nasceu em Lisboa em 1195. No Brasil, devido entre outros fatores à forte imigração italiana, ele acabou ficando mais conhecido como Santo Antônio de Pádua, que é como os italianos o chamam: afinal, o santo viveu grande parte da vida e da missão em Pádua, ou Padova, cidade italiana onde se tornou imensamente querido e famoso. A belíssima e grandiosa basílica da cidade, que é uma das igrejas mais importantes da Itália e mais populares do mundo, é dedicada a Santo Antônio.

Aos 15 anos, o jovem Antônio, ou melhor, ainda Fernando, entrou na ordem de Santo Agostinho, mas, dez anos depois, se uniu aos frades menores de São Francisco de Assis. A mudança se deveu ao seu desejo de pregar o Evangelho aos muçulmanos sarracenos. Chegou a ir ao Marrocos, mas foi obrigado a retornar à Europa por causa de uma grave doença.

Sua fama de realizar atos prodigiosos perdura pelos séculos. Entre seus muitos milagres, é bem famoso o do “pé decepado”. Em Pádua, durante um acesso de fúria, um jovem chamado Leonardo chutou a própria mãe e, arrependido, foi se confessar com Santo Antônio, que, para ilustrar a gravidade daquele pecado, lhe disse: “O pé de quem chuta a própria mãe merece ser cortado”. Leonardo levou a frase ao pé da letra e decepou seu pé. Ao saber do fato, Santo Antônio milagrosamente fez o pé voltar a se unir ao corpo do jovem.

Outro de seus mais extraordinários milagres é o da “mula do herege”, que você pode conhecer acessando o artigo recomendado ao final desta matéria.

O Papa Gregório IX canonizou Santo Antônio de Pádua e Lisboa menos de um ano após a sua morte, no dia de Pentecostes de 1232, que, na ocasião, caiu num 30 de maio.

Tags:
DevoçãoHistória da IgrejaSantos
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