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Filha de ministro assassinado é religiosa e veio morar no Brasil

Patricia Victoria Jorge Villegas, filha do ministro assassinado Orlando Jorge Mera

Arautos do Evangelho | YouTube (Captura de Tela)

Irmã Patricia Victoria Jorge Villegas, filha do ministro assassinado Orlando Jorge Mera, da República Dominicana, em vídeo que circula nas redes sociais com depoimento sobre sua vocação

Francisco Vêneto - publicado em 14/06/22

As palavras da irmã Patricia nas exéquias de seu pai geraram comoção nas redes sociais

O ministro Orlando Jorge Mera, que respondia pela pasta de Meio Ambiente na República Dominicana, foi brutalmente assassinado por um amigo de infância no último dia 6 de junho, dentro do seu próprio gabinete.

O assassinato de Orlando Jorge despertou ampla comoção na República Dominicana – e não somente pelas circunstâncias chocantes: o ministro tinha 55 anos, era filho de um ex-presidente, irmão de uma vice-ministra, esposo da embaixadora da República Dominicana no Brasil e pai de um promissor deputado jovem.

Filha consagrada do ministro assassinato gera surpresa

Mas uma notícia que também chamou atenções além das fronteiras dominicanas foi o fato de que o ministro tem uma filha religiosa, a irmã Patricia Victoria, dos Arautos do Evangelho, que se consagrou depois de ter vindo morar no Brasil como estudante da entidade.

A seu respeito, o jornal dominicano Listín Diario publicou em 9 de junho: “Muita gente ficou curiosa e surpresa ao saber da existência de Patricia Victoria Jorge Villegas, filha de Orlando Jorge Mera, especialmente por causa da vestimenta usada pela jovem, consagrada a serviço dentro da Igreja Católica através dos Arautos do Evangelho”. Na véspera, outro veículo daquele país, o Diario Libre, havia registrado que “uma das filhas [de Orlando Jorge Mera], Patricia Victoria Jorge Villegas, deixou uma mensagem de esperança”.

De fato, após a homenagem ao pai realizada na capela do Palácio Presidencial no último dia 7, a jovem foi consolada pelo presidente da República, Luis Abinader, e por sua esposa, que lhe ofereceu um lenço para enxugar as lágrimas.

Testemunhos da irmã Patricia comovem internautas

Não tardou para que viralizasse nas redes sociais um vídeo em que a irmã Patricia conta a sua vida. Uma de suas declarações que repercutiram na mídia foi a respeito da descoberta do chamado de Deus:

“Por mais que o mundo possa oferecer tudo, quando Deus chama uma alma para uma vocação religiosa, nada nem ninguém pode detê-la”.

Internautas manifestaram solidariedade à religiosa e lhe ofereceram orações. Vários também a parabenizaram pela sua consagração. E não faltaram, entre os comentários, os que queriam saber como estava a jovem após a tragédia em torno ao ministro assassinado.

Ela mesma se pronunciou, depois da missa de exéquias do pai no dia 8, agradecendo aos bispos e sacerdotes presentes e declarando:

“Isso tudo é uma tragédia, mas é preciso ver com os olhos da fé. E, com os olhos da fé, entende-se que meu pai sacrificou sua vida por este país, pela família e por todos os seus ideais. Com os olhos da fé, também nós, toda a família, só podemos dizer uma coisa: que meu pai estava com as melhores disposições na sua vida espiritual, católica, e na sua carreira, e, por isso, temos fé e esperança de que Deus o recebeu em Suas mãos. Então, muito obrigada por esta celebração”.

No cemitério, a jovem reforçou:

“Meu pai morreu com a fé de um homem católico e agora está num lugar melhor do que nós”.

Segundo o portal de notícias Gaudium Press, a irmã Patricia se disse agradecida ao pai por ter-lhe transmitido a fé católica e por ter respeitado a sua consagração a Deus, muito embora o ministro tivesse admitido, certa vez, que aceitar a vocação da filha tinha sido “a sua mais dolorosa renúncia”.

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