A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota em que cobra esclarecimentos e responsabilização sobre as mortes do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Philips na região do Vale do Javari, oeste do estado do Amazonas.
"Não se pode aceitar a agressão ao ser humano, o desrespeito ao meio ambiente e à nossa Casa Comum, nem o encobrimento da verdade e da justiça", afirmam os bispos.
As mortes do indigenista e do jornalista
De acordo com a Polícia Federal, Amarildo Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou ter assassinado o indigenista e o jornalista. Ele também indicou o local onde enterrou os corpos. Os restos mortais foram encaminhados para perícia.
O indigenista brasileiro e o jornalista inglês faziam uma expedição pela Amazônia de barco. Eles deveriam cumprir o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, quando desapareceram.
A PF investiga as motivações dos crimes. De acordo com o depoimento do homem que confessou participação nos crimes, os assassinatos ocorreram porque as vítimas teriam denunciado a pesca ilegal na região.
O jornalista Dom Phillips escrevia um livro sobre a floresta amazônica e era colaborador do jornal britânico "The Guardian" e do americano "The Washinton Post".
Já o brasileiro Bruno Araújo Pereira era servidor da Funai e considerado grande defensor das causas indígenas. Também era pesquisador de questões relacionadas aos povos originários e conhecia bem os problemas da região.
A proximidade dos bispos brasileiros
Na nota, a CNBB expressa solidariedade às famílias das vítimas e cobra esclarecimento dos crimes e a "responsabilização dos envolvidos". O documento também lembra a exortação apostólica pós-sinodal "Querida Amazônia".
Leia a íntegra da nota assinada pelo presidente da CNBB, Dom Walmor Chagas, Primeiro Vice-Presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, Segundo Vice-Presidente, Dom Mário Antônio da Silva, e Secretário-Auxiliar da conferência, Dom Joel Portella Amado:
