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Padre espanhol analisa filme “Lightyear”, da Disney: “cinema a serviço da ideologia”

Lightyear

Thomas-Hawk-CC

Francisco Vêneto - publicado em 21/06/22

Ator atacou os críticos chamando-os de "idiotas" e produtora afirmou que restrições se baseiam em "crenças retrógradas"

O filme “Lightyear”, da Disney, é “cinema a serviço da ideologia”, declarou o padre espanhol Francisco Javier “Patxi” Bronchalo, da diocese de Getafe, em declarações à agência católica de notícias ACI Prensa.

A nova produção infantil traz um relacionamento entre duas mulheres e mostra um beijo homossexual entre elas. O filme foi banido em 14 países por ser considerado inadequado ao público infantil. Em sociedades ocidentais, também vem provocando reações críticas por motivos como os que são mencionados pelo pe. Francisco Javier:

“Todo filme tem uma antropologia, uma visão de homens e mulheres, uma cosmovisão, uma visão do mundo e uma teologia, uma visão de Deus. Neste caso, o cinema é usado, e, mais ainda, o cinema infantil, para inserir uma certa visão de mundo (…) No fundo, é o cinema e a cultura a serviço da ideologia”.

Ideologia de gênero

A ideologia a que o sacerdote se refere é a comumente denominada “de gênero”, cujas teses afirmam, entre controvérsias, que tanto a identidade de gênero quanto a orientação sexual humana seriam “construções socioculturais”. Por isso, de acordo com essa ideologia, uma pessoa que biologicamente nasceu com as características físicas do sexo feminino poderia, por exemplo, declarar uma “identidade de gênero” masculina; além disso, poderia também apresentar uma ampla gama de possíveis orientações sexuais.

Grupos de ativistas que militam pela disseminação da ideologia de gênero defendem que os governos devem implementar políticas públicas que proíbam o que chamam genericamente de “preconceito” contra os seus pontos de vista, reduzindo quaisquer debates a “discurso de ódio” e, na prática, atacando diretamente a liberdade de expressão de quem deseja discussões mais aprofundadas e mais objetivas sobre os fundamentos de tal ideologia.

Um panorama dos estudos que questionam as premissas da ideologia de gênero pode ser visto no documentário norueguês “Lavagem Cerebral” (“Hjernevask“), produzido em 7 episódios no ano de 2010 pelo sociólogo e ator Harald Eia. Os episódios foram veiculados na Noruega pela rede de TV NRK1 e colocaram em xeque a credibilidade dos defensores da ideologia de gênero nos países da Escandinávia. Saiba a respeito:

Ativistas tacham críticos de “idiotas” e “retrógrados”

Uma mostra recorrente da falta de embasamento científico e de argumentos objetivos por parte dos militantes da ideologia de gênero é o fato de recorrerem sistematicamente à desqualificação de quem os questiona.

Um exemplo eloquente veio da própria equipe de “Lightyear” no tocante à ideologia defendida: durante entrevista à agência Reuters no último dia 14 de junho, o ator Chris Evans, que dubla o personagem principal, insultou as pessoas que criticaram o filme chamando-as de “idiotas”.

Em linha parecida, a produtora do filme alegadamente infantil, Galyn Susman, declarou à agência AFP, de modo reducionista e generalizante, que os 14 países que vetaram a exibição da obra o fizeram com base em “crenças retrógradas”:

“Fomos advertidos ​​de que este seria um resultado provável. Mas não trocaríamos o filme que queríamos fazer por apenas alguns países com, por falta de um termo melhor, crenças retrógradas. Todos nós temos ideias diferentes sobre o que torna um filme aceitável para exibição em família”.

O pe. Francisco Javier Bronchalo comenta:

“As famílias devem educar e ensinar (…) É uma oportunidade de educar, de explicar quais conteúdos não são bons, como o de um ator chamando os críticos de idiotas”.

Tags:
CinemaCriançasEducaçãoFamíliaIdeologia de Gênero
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