Embora o debate sobre o aborto gire, frequentemente, em torno das muitas dificuldades que uma mulher grávida pode enfrentar, uma das maneiras mais eficazes de prevenir tais dificuldades é educar os jovens para o autocontrole e a cultura da vida.
A cultura moderna tem uma tendência a vincular a felicidade pessoal ao prazer instantâneo e, particularmente, à satisfação sexual, promovendo a ideia de que a única forma de realização é através dos nossos impulsos sexuais.
Entretanto, São João Paulo II explicou repetidamente ao longo de sua vida que a verdadeira felicidade se encontra no amor autêntico. Ele mencionou isso em uma mensagem do Angelus, em que refletiu sobre a vida de Santa Maria Goretti. Disse ele:
"O seu martírio recorda que o ser humano não se realiza seguindo os impulsos do prazer, mas vivendo a própria vida no amor e na responsabilidade."
Esta mesma verdade é explorada no Catecismo da Igreja Católica, apontando a castidade como o caminho para a felicidade duradoura:
O autocontrole, certamente, não é fácil, mas é um esforço para toda a vida.
Este tipo de autodomínio é uma virtude que, muitas vezes, não é ensinada aos jovens - que têm mais necessidade de resistir aos impulsos sexuais.
Entretanto, se queremos chegar a um futuro em que o aborto não seja considerado, o primeiro passo é formar jovens para a cultura da vida e para a liberdade sexual autêntica, que reconhece a "Teologia do Corpo" e a importância da sexualidade verdadeira na vida conjugal.