Antes de acontecer com ela, Maria nunca conheceu alguém cujo bebê tinha tido um diagnóstico fatal antes de nascer.
Maria e Joe Keller são um casal extraordinário em qualquer medida. Ela é da Espanha e ele dos EUA. Os dois se conheceram quando ela estava visitando a família dele como estudante de intercâmbio. Eles tiveram um lindo romance antes de se estabelecerem perto de Chicago para criar seus sete filhos.
Maria e Joe também são um casal de fé forte. Maria é a terceira geração de sua família a receber formação do Opus Dei, e sua família é fielmente católica há gerações.
É essa “fé profunda" que sustentou Maria Joe quando eles enfrentaram o pior medo de todos os pais.
A gravidez do quarto filho
No início de 2011, Joe e Maria ficaram muito felizes ao descobrir que estavam esperando o quarto filho. Mas, durante um ultrassom pré-natal de rotina, o bebê James Nicholas foi diagnosticado com Osteogênese Imperfeita Tipo 2, uma condição rara e fatal caracterizada pela fragilidade dos ossos, que se quebram com muita facilidade.
Os médicos avisaram que o amado garotinho não viveria por muito tempo, se é sobreviveria ao parto.
Maria compartilhou com a Aleteia como ela se voltou a Deus para enfrentar a dor esmagadora de seu diagnóstico:
Ela percebeu, naquele momento, que não teria que carregar sua cruz sozinha.
Mendigos de oração
Maria e Joe começaram a pedir a todos que encontravam que rezassem por seu filhinho. “Nós nos tornamos o que eu gosto de chamar de mendigos de oração”, disse ela.
Esse simples ato de pedir orações tornou-se uma maneira gentil com que o pequeno James Nicholas mudou muitas vidas para melhor. Disse Maria:
Uma carta do Papa
A família pediu orações ao prelado do Opus Dei e ao próprio Papa. E para a surpresa deles, o Papa respondeu.
Sim, o então Papa Bento XVI enviou uma carta aos Kellers no último dia de seu pontificado. Ele lhes prometeu suas orações e os encorajou a compartilhar sua história, dizendo que o mundo precisava de testemunhos como este, de pais que amam seus filhos em qualquer circunstância.
O “exército” de familiares, amigos e completos estranhos invadindo o céu com orações pelo bebê James ajudou o casal a superar a gravidez e o nascimento. “Foi um momento muito difícil, mas também muito cheio de graça”, lembrou Maria.
Ela também recebeu apoio do Be Not Afraid , um grupo de extensão que apoia os pais em diagnósticos pré-natais difíceis.
"A única coisa que ele experimentou foi o amor"
O pequeno James nasceu em 30 de agosto de 2011 e morreu no dia seguinte. Ele viveu apenas 30 horas, mas essas horas mudaram a vida de muitas pessoas.
“A única coisa que esse garotinho experimentou foi amor, uma tonelada de amor. Cada momento de sua vida foi preenchido com o amor de uma vida inteira", lembra Maria.
James ajudou muitas pessoas a perceberem como a vida é curta e incomensuravelmente preciosa.
“Temos pouco tempo com nossos filhos. Toda criança é um presente de Deus, toda criança é uma bênção. Ame-os e crie-os para que você possa estar com eles para sempre no céu, porque isso é a única coisa que importa", aconselha a mãe de James.