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Papa volta a exigir “tolerância zero” com abusos na Igreja

PAPA FRANCISCO QUER TOLERÂNCIA ZERO COM ABUSOS

Antoine Mekary | ALETEIA | I.Media

Francisco Vêneto - publicado em 14/07/22

Ele destacou um ponto-chave: o problema "não se resolve com a transferência" do abusador para outro local

O Papa Francisco voltou a exigir “tolerância zero” no tocante aos abusos sexuais e morais perpetrados por membros da Igreja Católica, particularmente os que são cometidos contra menores e pessoas vulneráveis. Ele ainda destacou um ponto-chave: o problema “não se resolve com a transferência do abusador” para outro local.

Francisco abordou o assunto nesta quinta-feira, 14, ao receber no Vaticano os participantes dos Capítulos Gerais da Ordem da Mãe de Deus, da Ordem Basiliana de São Josafá e da Congregação da Missão.

O Papa afirmou que o capítulo geral é um “momento do discernimento comunitário”, no qual, “com a ajuda do Espírito Santo”, os participantes analisam “em que medida foram fiéis ao carisma”, bem como “qual é a direção a seguir” e em que aspectos o Espírito Santo “lhes pede para mudar”.

“Os carismas, como ensina São Paulo, são todos para a edificação da Igreja, e, como a Igreja não é um fim em si mesma, mas sua finalidade é evangelizar, deduz-se que todo carisma, sem exceção, pode e deve cooperar na evangelização. E é preciso levar isso em consideração na hora de discernir”.

O chamado a evangelizar “requer uma atitude cotidiana de conversão”, prosseguiu o Papa, destacando que, nas relações humanas, “nossos corações são peneirados”:

“Não se trata de manter relações de fachada e sorrisos artificiais, nem uma homogeneidade achatada pela personalidade do superior ou de algum líder. Não. Uma fraternidade livre, com gosto pela diversidade e em busca de uma harmonia cada vez mais evangélica. Como uma orquestra com muitos instrumentos, onde o essencial não é a habilidade dos solistas, mas a capacidade de cada um de ouvir todos os outros para criar a melhor harmonia possível”.

Nesse contexto, ele mencionou a necessidade de manter uma postura de “tolerância zero” contra os abusos:

“Somos religiosos, somos sacerdotes para levar as pessoas a Jesus. E o abusador destrói o abusado com a sua concupiscência. Tolerância zero”.

E exortou:

“Não tenha vergonha de denunciar. Por favor, peço isso: tolerância zero. Isso não se resolve com uma transferência”.

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