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Abortista Joe Biden perde popularidade entre os católicos

JOE BIDEN

Michael F. Hiatt - Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 15/07/22

Para além das questões morais e da incoerência doutrinal, o político democrata vem sendo questionado também como gestor

O abortista Joe Biden, presidente democrata dos Estados Unidos, está perdendo a popularidade entre os católicos. Embora o próprio Biden se declare um “católico devoto”, ele tem escancarado a sua incoerência por apoiar militantemente o aborto e, em decorrência, incorrer em excomunhão automática.

De fato, o cânon 1398 do Código de Direito Canônico explicita que as pessoas que praticam ou colaboram ativamente para a execução de abortos incorrem na excomunhão “latae sententiae“, ou seja, que se consuma em decorrência direta do próprio fato da colaboração ativa, sem a necessidade de uma declaração formal de excomunhão emitida pela Igreja.

A insustentabilidade da máscara de catolicismo do político chegou ao ponto de que, em recente entrevista às emissoras Univisión e Televisa, o Papa Francisco afirmou que Biden precisa conversar com seu bispo sobre essa incoerência.

Segundo pesquisa realizada pela EWTN News/RealClear Opinion Research, Biden vem perdendo a simpatia dos católicos desde que foi eleito em 2020. Além de rejeitarem a descarada agenda pró-aborto do presidente, os católicos norte-americanos também desaprovam especialmente o seu alinhamento com a ideologia de gênero.

A opção ideológica abortista de Biden

O posicionamento ideológico de Biden ficou ainda mais claro e difícil de justificar após a decisão da Suprema Corte dos EUA, em 24 de junho, de anular, por inconstitucionalidade, a sentença judicial de 1973 que liberava o aborto em todo o território do país. Biden criticou a decisão dos magistrados e está se movimentando para que os parlamentares proponham novas leis que facilitem o aborto.

Nesse mesmo contexto, militantes abortistas também vêm deixando cair a sua máscara de “tolerantes”, “inclusivos” e “amorosos”: o país sofre uma onda de ataques contra igrejas, instituições pró-vida e até centros de ajuda para gestantes, em represália pelas atuais restrições ao aborto no âmbito nacional.

Para além das questões morais e da incoerência como autodeclarado “católico”, o abortista Joe Biden tem sido muito questionado também como gestor: há desconfiança crescente quanto à sua capacidade de combater a inflação no país, que, no atual contexto de crise global pela pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia, já atinge os seus piores índices em décadas.

Os dados da pesquisa

O público-alvo da pesquisa EWTN News/RealClear Opinion Research são os eleitores católicos norte-americanos. O levantamento foi realizado dias antes do anúncio da Suprema Corte sobre a inconstitucionalidade da anterior sentença pró-aborto – que, além de inconstitucional, se baseava em uma farsa confessa e, mesmo assim, foi mantida em vigor durante 49 anos.

Entre os 1.757 respondentes da pesquisa:

  • 59% afirmaram que os EUA estão na direção errada
  • 53% se declaram, no geral, contrários a Biden
  • 89% dizem que suas finanças estão sofrendo os impactos da inflação
  • 36% culpam Biden pela situação, enquanto 33% culpam a guerra na Ucrânia e 25% responsabilizam igualmente Biden e a guerra
  • 56% aprovam a Suprema Corte
  • 82% apoiam a total proibição ou grandes restrições ao aborto, contra 18% favoráveis ao aborto disponível por qualquer motivo
  • 68% dizem que as menores de 18 anos precisam de permissão dos pais caso queiram recorrer ao aborto
  • 65% sabem que o aborto não é compatível com a doutrina católica
  • 60% são menos propensos a votar em políticos que apoiam o aborto até o dia do parto, mas 32% ainda disseram que votariam
  • 82% apoiariam candidatos defensores da liberdade religiosa
  • 74% se disseram a favor de aumentar a segurança nas fronteiras
  • 90% dizem que os pais devem receber mais informação sobre o que os filhos aprendem na escola
  • 67% são contra o compartilhamento de banheiros e vestiários entre meninos e meninas
  • 84% se disseram preocupados com ataques a igrejas
  • 81% se disseram preocupação com ataques contra clínicas pró-vida
  • 75% estão preocupados com a destruição de estátuas de católicos famosos
  • 72% deploram o sentimento anticristão no país
  • 71% desaprovam os protestos diante das casas dos juízes da Suprema Corte

A pesquisa também incluiu perguntas sobre a prática religiosa católica. A esse respeito, entre os católicos respondentes:

  • 50% acreditam na Presença Real de Jesus na Eucaristia
  • 38% acham que o pão e o vinho são apenas símbolos
  • 20% dizem aceitar todos os ensinamentos da Igreja Católica.

Tags:
AbortoIdeologiaIgrejaPolítica
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