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Freiras católicas salvaram mais de 26 mil mulheres do tráfico de pessoas só na Ásia

Rede Talitha Kum, de freiras católicas, combate o tráfico de pessoas no mundo

talithakum.info

Francisco Vêneto - publicado em 19/07/22

Este foi o resultado apenas de um ano do perigoso e heroico trabalho da rede internacional católica Talitha Kum

Freiras católicas salvaram mais de 26 mil mulheres do tráfico de pessoas só na Ásia: este foi o resultado apenas de um ano do perigoso e heroico trabalho da rede internacional católica Talitha Kum, sediada em Roma e fundada pela União Internacional de Superiores Gerais (UISG).

A rede opera com 65 organizações católicas, 56 ONGs, 18 organizações nacionais e 42 agências governamentais internacionais.

O desafio da Ásia

Só na Ásia, são 3.521 membros de 205 congregações religiosas em 20 países. O maior continente do mundo é fortemente afetado pelo tráfico de pessoas. As 26 mil mulheres resgatadas na Ásia em somente um ano de trabalho intenso eram submetidas a exploração sexual, casamentos impostos contra a sua vontade e/ou trabalhos forçados. A informação é da agência de notícias Fides, mantida pelas Pontifícias Obras Missionárias.

Além de já sofrer um arraigado contexto cultural de exploração de mulheres, a Ásia tem visto um aumento do número de pessoas vulneráveis ​​ao tráfico, “em particular mulheres, meninas, jovens, migrantes e refugiados”, devido às recentes crises econômicas e políticas. Quem comenta o cenário é a irmã Abby Avelino, das Missionárias Maryknoll e diretora da Talitha Kum na Ásia. Segundo ela, em declarações à Fides, “as formas predominantes de tráfico humano”, seja na Ásia, seja no mundo todo, são “trabalho forçado, casamento forçado e exploração sexual”.

Ações presenciais e online

A irmã Abby detalha que as quadrilhas de tráfico de pessoas têm capturado cada vez mais vítimas por meio de “tráfico informático e exploração sexual infantil online (OSEC)”, de modo que uma parte crucial da estratégia da Talitha Kum é a prevenção mediante “campanhas de formação e conscientização”.

Tais campanhas focam principalmente em “mulheres, jovens, comunidades religiosas e tribais e trabalhadores imigrantes”. As ações são realizadas presencialmente “em escolas, paróquias e comunidades locais”, mas, desde o começo da pandemia de covid-19, também online com cada vez mais força. “Graças aos meios virtuais, a visibilidade do trabalho aumentou e, no ano passado, aberimos filiais da Talitha Kum em Bangladesh e no Vietnã”, conta a religiosa.

Uma das iniciativas de prevenção é o programa “Sufficiency Economy” (Economia de Suficiência), voltado a desenvolver habilidades de “mulheres e jovens de povoados e áras montanhosas” para “gerenciarem recursos alimentares naturais”. Isso reduz a sua vulnerabilidade à exploração econômica. Outro programa novo, o “Talitha Kum Anti-Trafficking Youth Ambassadors” (Jovens Embaixadores contra o Tráfico) tem o propósito de capacitar homens e mulheres jovens, em dez países asiáticos, para engajarem outros jovens locais no combate ao tráfico humano.

“Menina, levanta-te”

O nome da rede católica de freiras que combatem o tráfico de pessoas, “Talitha Kum”, vem do aramaico e consta no Evangelho.

Significa “Menina, levanta-te”.

Trata-se da expressão com que Jesus ressuscitou a filha de Jairo e, no caso da rede de combate ao tráfico humano, evoca o chamado às vítimas para se libertarem do jugo da escravidão que as mantinha avassaladas.

Tags:
Abusos SexuaisfreirasIgrejaMulherTráfico
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