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Por que você não deve vigiar seu cônjuge, mesmo que haja suspeita de infidelidade

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Es mejor no vigilar ni fantasear sino confiar y plantear al cónyuge nuestras dudas.

William Dellamary - publicado em 20/07/22

Muitos casais têm o complexo de Sherlock Holmes e sentem a necessidade de monitorar e investigar o comportamento do cônjuge. Um psicólogo propõe meios para evitar a desconfiança

Há pessoas que têm medo da infidelidade ou suspeitam dela. Então, elas partem para tentar descobrir uma suposta “verdade” o algo que o parceiro possa estar fazendo em segredo.

Ao perceber algo inusitado, surgem imediatamente todo tipo de insegurança e fantasias ciumentas.

De fato, o drama do ciúme cresceu muito hoje, simplesmente porque aumentou a sensação de territorialidade e posse do outro. Surgiu um sentimento de que amar é possuir, que o outro é parte do “meu” ser, como se fosse mais uma propriedade que se tem. Então, você tem que cuidar dele para que ele não seja tirado de você…

O filósofo alemão Johannes B. Lotz nos fez refletir que o verdadeiro amor se expressa na confiança que se tem na pessoa amada. É dessa forma que Deus nos ama e confia em nós.

Onde há confiança há amor, o que significa que quando você para de confiar você também para de amar. Assim, quando os casais começam a duvidar do comportamento e das decisões tomadas pelo outro, passam a conviver com algo que também é contrário ao amor: o medo.

Quando o medo assalta a mente, vive-se baseado em suposições e imaginação desencadeada do que o outro está fazendo. Por isso surge a necessidade de investigá-lo. Estaria o outro fazendo algo errado, escondendo algo ou mentindo? É nesse momento que você também para de confiar e acreditar na sinceridade das palavras do cônjuge.

O deslize da desconfiança

Quando o tobogã da desconfiança inicia seu infeliz processo, o caminho leva à sensação de que as coisas vão mal e que a verdade deve ser buscada a qualquer custo. Por isso, acredita-se que o que o outro está fazendo deve ser revisto, a ponto de espionar e invadir sua privacidade, a fim de confirmar que, de fato, há mentiras ou traição nas nossas costas.

O ditado de que “quem procura, encontra” pode ser verdade para essas pessoas. E como hoje o celular é a ferramenta de comunicação por excelência, não é difícil pegá-lo – sem o consentimento do cônjuge – e encontrar evidências de muitas das atividades que o cônjuge realiza e, assim, provar que sua aparente mentira é pura farsa ou inocência.

Pode ser muito verdade tudo isso e a pessoa pode se decepcionar com a realidade. Mas, no fundo, ela já quebrou o mais importante, que é a confiança. Um, por fazer a coisa errada, mentindo e trapaceando, e o outro por não acreditar e duvidar.

A realidade se instala e agora ambos estão presos na dor da traição, mentira e infidelidade, escondendo seus verdadeiros sentimentos e pensamentos.

A ansiedade por conhecer a verdade acaba se tornando o caminho tortuoso do sofrimento e da alteração da qualidade de vida dos cônjuges, que atinge toda a família.

Coragem de perguntar

Uma recomendação muito importante, diante da incerteza e dúvida sobre uma possível infidelidade ou mentiras por parte do cônjuge, é não cair na tentação de atuar como detetive. É melhor recorrer à coragem de perguntar e expressar o peso do que se está sentindo.

Em vez de reclamar e confrontar, é melhor externar os sentimentos e dizer o que está acontecendo com você – sem a necessidade de acusar e apontar o outro como culpado ou causador do sofrimento.

É muito importante que o cônjuge saiba o que você está sentindo, o que você teme, o que você supõe. E mesmo que ele ou ela negue ou queira garantir que são suspeitas infundadas, você já cumpriu a responsabilidade de comunicar o que está acontecendo com seus sentimentos, em vez de lançar-se na corrida imprudente de Sherlock Holmes.

Se realmente houver infidelidades ou mentiras, é melhor enfrentá-las desde o início e encontrar uma solução, em vez de ficar com raiva e viver de suposições ousadas ou histórias terríveis que fazemos em nossas mentes.

Concluindo: é melhor confiar, porque esse é o verdadeiro ato de amor. É preciso expressar o que está acontecendo com você e lidar com o assunto com delicadeza e doçura, cara a cara, para que ambos procurem a causa ou a possível solução, em vez de fazer dramas e escândalos infelizes.

Um diálogo corajoso e oportuno é a melhor solução!

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