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“Precisamos de padres que sejam padres” – sim, mas e o resto?

Padres que sejam padres

godongphoto | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 21/07/22

Precisamos de pais que sejam pais, esposos que sejam esposos, gente que seja gente

É frequente, e correto, que os católicos reafirmem que “precisamos de padres que sejam padres”. A frase, em tom crítico, faz referência ao comportamento de uma parte do clero que, em palavras do próprio Papa Francisco, age como se a Igreja fosse uma espécie de ONG, priorizando questões que, embora importantes, não devem sobrepor-se à missão fundamental da Igreja de levar as almas ao profundo encontro com Deus.

Não se exclui, obviamente, a grande importância de combater a pobreza, promover a digna qualidade de vida para todos, zelar pela cidadania, cuidar responsavelmente do meio ambiente. Mas a Igreja pode e deve destacar a importância destas ações e ser exemplo em sua execução sem jamais descuidar da sua missão espiritual.

Contextualização feita, a frase “precisamos de padres que sejam padres” fica mais clara, mas continua incompleta: precisamos de muito mais do que isso e não apenas em relação aos sacerdotes. Precisamos de pais que sejam pais, esposos que sejam esposos, homens que sejam homens, gente que seja gente.

É este o sentido de um comentário que o pe. Wellington José de Castro publicou em sua rede social, com muito boa recepção entre os leitores. O sacerdote escreveu:

“Ouço muito a frase ‘precisamos de padres que sejam padres’… Eu concordo, obviamente, mas acrescento:

– Precisamos de pais que sejam pais! Que não tenham medo de ter filhos e de educá-los na fé da Igreja! Que saibam dizer ‘não’, que os amem, que os ajudem a ir para o Céu! Pais que não neguem nem adiem o Batismo aos filhos e que lhes testemunhem a vida na Graça. Pais que não permitam aos filhos dormir na casa de namorados, mas que lhes transmitam os valores que nunca passam. Pais que ensinem os filhos a pedir ‘bença’, a respeitar os mais velhos, a servir-se por último à mesa. Pais que tenham coragem de não dar celular a suas crianças, não cedendo aos modismos atuais.

– Precisamos de esposos que sejam esposos! Que vivam santa e verdadeiramente o Matrimônio! Que se respeitem, que se perdoem, que sejam um! Que sejam responsáveis e abertos à vida!

– Precisamos de cristãos que sejam cristãos! Sem ‘mas’, sem escolher no que crer, que lutem, que chorem, que amem e defendam a Igreja, que desejem com todas as forças ser santos! Cristãos que busquem a vida sacramental e a vivam intensamente! Que se confessem, que recebam sempre a Eucaristia, que tenham vida de oração, de piedade, que rezem o Rosário, que se alimentem da Palavra de Deus e da vida dos santos!

– Precisamos de homens que sejam homens! Com valentia, com coragem, com ternura quando preciso! Que vivam desapegados das coisas passageiras. Que se esforcem pelo que é eterno. Homens que desejem mudar o mundo pela força do amor de Cristo!

– Precisamos de gente com coragem, com audácia, com ânimo, com valentia, com destemor, com amor, com inteligência. Nada de frouxidão e tibieza! Nada de sentimentalismo, mas movidos por uma fé heroica! Nada de postura ideológica, mas que se configurem em tudo a Cristo Jesus!

PRECISAMOS DE SANTOS!”

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