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Por que os religiosos e as religiosas usam um hábito?

Pope Francis Canonization Mass of Junipero Serra

SAMUEL CORUM | ANADOLU AGENCY | ANADOLU AGENCY VIA AFP

Philip Kosloski - publicado em 28/07/22

Os membros das comunidades religiosas vestem frequentemente um hábito particular. É o sinal visível da sua consagração a Deus e da sua pertença a uma ordem

Muitos religiosos e religiosas católicos, tais como monges, irmãos, irmãs, padres e outros, usam o hábito da sua comunidade. Mas por quê? As vestes das diferentes comunidades evoluíram ao longo do tempo mas foram sempre o símbolo externo de pertença a Deus.

São João Paulo II declarou na sua exortação apostólica, Vita Consecrata, que o hábito tem uma finalidade específica:

Visto que o hábito é sinal de consagração, de pobreza e de pertença a uma determinada família religiosa, unindo-me aos Padres do Sínodo recomendo vivamente aos religiosos e religiosas que usem o seu hábito, adaptado convenientemente às circunstâncias dos tempos e lugares.

De acordo com muitas tradições, o hábito é frequentemente revelado ao fundador da ordem religiosa através de uma revelação privada. Por exemplo, entre os dominicanos, o Beato Reginaldo de Orleães (1180-1220) foi o criador do hábito atual. Quando estava gravemente doente, a Virgem apareceu-lhe tanto para curá-lo como para revelar o elemento chave do hábito dominicano: o escapulário.

Seguindo o exemplo de Santo Agostinho, São Domingos, o fundador, e os primeiros frades da Ordem usavam túnicas tradicionais. Na sequência da visão de Reginaldo, o escapulário branco foi introduzido, e desde então tem sido o sinal altamente reconhecível de pertença à Ordem dos Pregadores.

Se as vestes religiosas evoluíram frequentemente com o tempo, a essência do hábito é ser simples mas distinto, como disse São João Paulo II.

Onde válidas exigências apostólicas o aconselharem, poderão, em conformidade com as normas do próprio Instituto, usar um vestuário simples mas digno, com um símbolo apropriado, de modo que seja reconhecível a sua consagração. Os Institutos que, já desde a origem ou por disposição das suas constituições, não prevêem um hábito próprio, cuidem de que o vestuário dos seus membros corresponda, em dignidade e simplicidade, à natureza da sua vocação.

É por isso que não existe uma, mas uma miríade de vestes para distinguir os milhares de religiosos e religiosas em todo o mundo e as suas muitas consagrações!

Veja:

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