O atual governo socialista operário da Espanha quer derrubar a maior Cruz do mundo, enquanto milhares de católicos querem protegê-la e garantir que o símbolo máximo do sacrifício de Cristo não seja destruído.
O monumento
A controvérsia diz respeito ao enorme cruzeiro de 152,4 metros de altura que se impõe sobre o Vale dos Caídos, um complexo monumental construído nos arredores de Madri durante a ditadura de Francisco Franco. Também faz parte do complexo uma basílica de direito pontifício, administrada por monges beneditinos que hoje correm o risco de ser expulsos pelo governo espanhol. O grande monumento guarda também os restos mortais de combatentes da Guerra Civil Espanhola - daí o nome de Vale dos Caídos.
Entre os combatentes ali sepultados há representantes dos dois lados da guerra civil, isto é, nacionalistas e republicanos: a proposta do Vale dos Caídos, afinal, era a de representar a paz e a reconciliação nacional depois dos anos sangrentos de conflito generalizado.
Os militantes socialistas e comunistas que atualmente compõem o governo da Espanha, porém, enxergam o Vale dos Caídos não como um momento à reconciliação, e sim como um símbolo do regime franquista.
De fato, os restos mortais do próprio Franco também estiveram sepultados no complexo monumental até outubro de 2019, quando foram exumados e transferidos para o cemitério de Mingorrubio, na capital do país.
O cerco político
Em julho de 2021, o Conselho de Ministros aprovou a assim chamada Lei da Memória Democrática, que, entre outras medidas, pretende eliminar as referências religiosas do Vale dos Caídos.
Os deputados aprovaram a lei neste último julho e, nos próximos meses, ela deverá passar pelo escrutínio do Senado.
A reação católica
Enquanto o governo socialista se movimenta para derrubar a grande Cruz do Vale dos Caídos e para expulsar da basílica os monges beneditinos, milhares de católicos espanhóis se organizam para defender a Cruz.
Dez mil pessoas já assinaram uma campanha na plataforma cidadã HazteOír para que a Cruz do Vale dos Caídos seja preservada e para que a basílica e o monumento como um todo sejam declarados bem de interesse cultural.
Ignacio Arsuaga, diretor da HazteOír, considera:
Se você deseja apoiar a campanha de assinaturas em favor da preservação da maior Cruz do mundo e da basílica do Vale dos Caídos, acesse aqui a plataforma HazteOír.
