1Muitos anglicanos veem o Papa "como o pai da Igreja Ocidental"
"Muitas pessoas na Igreja da Inglaterra, embora não vejam o Papa como alguém que tem autoridade legal aqui, veem-no como o pai da Igreja Ocidental", disse o arcebispo de Cantuária e primaz anglicano Justin Welby aos repórteres em Londres na quarta-feira, segundo relata o website Katholisch.de. Falando nas Conferências de Lambeth, uma reunião de todos os bispos anglicanos do mundo, disse também que "o ecumenismo é um dos maiores desafios" para a Igreja anglicana neste momento e que, pessoalmente, está "muito envergonhado por não termos feito mais progressos" nesta frente. Para o Bispo Welby, é necessário um novo começo para acabar com o que ele descreve como um "inverno ecuménico". Em relação à viagem ao Sudão do Sul com o Papa Francisco que ele deveria ter feito em Julho, mas que acabou por ser cancelada, ele disse que será arranjada assim que a saúde do pontífice o permitir.
Katholisch.de, alemão
2Povos indígenas: "a principal responsabilidade por este 'genocídio' cabe ao governo canadense"
Cerca de 1.700 peregrinos de toda a Itália e Europa passaram pelas portas da "Porciúncula" de Assis a 2 de Agosto, a pequena igreja onde São Francisco compreendeu a sua vocação e onde lhe foi concedida pelo Papa Honório III uma indulgência plenária pelos pecados, conhecida como o "Perdão de Assis". Desde 1980, cerca de 70.000 peregrinos vieram à cidade para este evento anual, que tinha sido suspenso nos últimos dois anos por causa da pandemia. Dois tipos de peregrinação, um para jovens e outro para famílias, foram organizados pelos Franciscanos da Itália. Frei Pietro Luca Roccasalva, que acompanhou as famílias, disse que elas foram capazes de "trazer de volta ao seu cotidiano a possibilidade do perdão, de um recomeço".
Vatican News, italiano
3Perdão de Assis: jovens e famílias em marcha rumo à Porciúncula
Para o Padre Stéphane Joulain, sacerdote dos Padres Brancos (Missionários da África) que vive há muito tempo no Canadá, as críticas ao pedido de perdão do Papa Francisco aos indígenas canadenses não se justificam e, sobretudo, exoneram as atuais autoridades políticas canadenses da sua responsabilidade para com uma parte da população que ainda enfrenta muitas dificuldades. Aplaudindo a grande humildade do Papa Francisco ao pedir desculpas e reconhecer os erros da Igreja, o Padre Joulain salientou que "não devemos esquecer que a principal responsabilidade por este 'genocídio' cabe ao governo canadense e à sua soberana, a Rainha da Inglaterra. "Muitos gostariam de esconder esta triste realidade, afirmando que o governo canadense já fez o seu mea culpa e que a página foi virada. Contudo, a situação do povo nativo do Canadá está longe de ser a ideal", continuou o padre, citando o racismo, a discriminação e os problemas sociais como alguns dos problemas enfrentados por estes grupos. Ele explica também que a viagem de "acompanhamento e cura" ainda não terminou, e que é a Igreja Católica no Canadá que terá de continuar a trabalhar nesta questão. "Hoje, quero agradecer a coragem, a humildade do Papa Francisco e especialmente a mensagem de esperança que ele transmitiu corajosamente", conclui o Padre Joulain.
La Croix, francês