Religiosos reagem: "Lamentamos que a perseguição e a prisão sejam a única resposta"
A ditadura cubana voltou a reprimir e prender manifestantes ao longo das últimas semanas.
Em Nuevitas, na província de Camagüey, a população foi às ruas para protestar contra a inflação, a severa escassez de alimentos e remédios, os cortes de energia que chegam a se prolongar durante 18 horas por dia, além da falta de liberdade de expressão.
O regime socialista, que insiste em tentar sobreviver na ilha apesar de falido, se mostrou pronto como sempre para reprimir os manifestantes com violência, intensificada desde 19 de agosto.
Segundo a ONG Justicia 11J, há “desaparecimentos forçados, prisões e novos atos de censura e repressão”. Em comunicado de 24 de agosto, a organização afirmou:
“Nossos números chegam a 18 detidos, incluindo duas meninas de 11 anos, mais 2 novos desaparecimentos forçados. No momento da publicação desta atualização, o parque Nuevitas está completamente militarizado”.
A Conferência de Religiosos e Religiosas de Cuba (CONCUR), corajosamente, manifestou em público a sua solidariedade aos manifestantes e detidos:
“Lamentamos que a perseguição e a prisão sejam a única resposta que receberam. Oferecemo-nos, mais uma vez, para acompanhar as pessoas detidas e suas famílias. Pedimos ao bom Deus, Pai de todos, e a Nossa Senhora da Caridade que proteja e guie todo o nosso povo pelos caminhos da liberdade, justiça e paz”.