O Palácio de Buckingham anunciou a morte de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II na sua residência favorita, o Castelo de Balmoral, em Aberdeenshire, Escócia, com a sua família próxima ao seu lado.
A última vez que a soberana britânica foi vista a cumprir um dever público foi na nomeação da nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, a 6 de Setembro. Durante a reunião, onde Truss foi convidada a formar um novo governo pela Rainha Elizabeth II, como é tradição na política britânica, a soberana de 96 anos parecia uma monarca muito fragilizada, apesar do seu sorriso alegre.
Apesar da sua avançada idade, a notícia da sua morte surpreendeu o mundo. Durante o seu reinado recordista, Elizabeth II foi um símbolo de estabilidade e força, uma figura pública que se manteve consistente e digna em tempos de mudança e de grande exigência.
Com décadas de experiência, que a viu encontrar-se com centenas de líderes políticos e religiosos mundiais durante muitos períodos desafiantes, ela calmamente aconselhou por detrás das paredes do palácio. Nunca sem o seu batom, uma bolsa, e uma roupa colorida, ela era um pilar fundamental que tinha a pesada tarefa de nunca cometer equívocos.
Uma figura de grande diplomacia, uma cristã devota, e uma mulher de família, Elizabeth manteve-se fiel ao seu juramento de coroação, que concluiu com “as coisas que aqui tenho antes prometido, vou realizar e cumprir. Assim Deus me ajude”. E mesmo quando ela perdeu a sua “rocha”, o seu marido Príncipe Philip, o Duque de Edimburgo, a Rainha continuou os seus deveres quando a maioria teria acabado por desistir.
Enquanto a Grã-Bretanha e o resto do mundo se preparam para uma nova era, com o Rei Charles III (embora o seu nome real ainda esteja por confirmar) à frente da monarquia britânica, uma nação grata entrará em 12 dias de luto que verá uma majestosa despedida da Rainha Elizabeth II, que acabará por ser colocada para descansar ao lado do seu amado marido, no Castelo de Windsor.
E enquanto rezamos pela alma de Elizabeth Alexandra Mary, é interessante refletir sobre as palavras que ela disse em 1952 quando se dirigiu ao público britânico na sua primeira emissão de Natal. A então princesa pediu aos seus futuros súditos: “rezem por mim… para que Deus me dê sabedoria e força para cumprir as promessas solenes que vou fazer, e para que eu possa servi-Lo fielmente e a vós, todos os dias da minha vida”.
Parece que as suas preces foram atendidas no desempenho das suas funções até o dia da sua morte. E agora podemos unir-nos em oração uma vez mais: O descanso eterno concedei-lhe, ó Senhor, e deixai que Sua luz perpétua brilhe sobre ela. Que ela descanse em paz. Ámen
