O Brasil passou a ter mais um representante na renomada Pontifícia Academia das Ciências. Trata-se do físico José Nelson Onuchic, que recebeu as insígnias diretamente das mãos do Papa Francisco durante cerimônia que aconteceu no sábado, 10 de setembro, no Vaticano.
Durante o encontro com os membros da Academia, o Papa Francisco falou sobre a possibilidade de uma "fragmentada", e até mesmo "total", terceira guerra mundial. O Pontífice expressou preocupação com o risco de uma "guerra atômica", que "deveria ter sido evitada há muito tempo".
O Papa ainda afirmou que espera que os cientistas de todo o mundo se unam para "constituir uma força de paz". Para Francisco, os "resultados positivos da ciência no século XXI" dependerão da capacidade dos cientistas de buscar "a verdade" e "o que é justo, nobre, bom e belo".
Dirigindo-se aos pesquisadores, o Santo Padre elogiou o trabalho da Pontifícia Academia das Ciências em vários campos, incluindo a luta contra a fome, a preservação dos oceanos e a bioeconomia.
Ao destacar a "paixão" da Igreja pela pesquisa científica, o Papa convidou a uma visão interdisciplinar que inclua a teologia, a fim de "dar respostas às últimas questões da humanidade".
A Pontifícia Academia das Ciências existe desde 1603 e foi a primeira academia científica do mundo. Seus 80 acadêmicos são nomeados pelo Papa.
Mais um brasileiro na Pontifícia Academia das Ciências
José Nelson Onuchic é natural de São Paulo e, atualmente, é o co-diretor do Centro de Biologia-Física Teórica da Rice University, nos Estados Unidos. Na instituição, ele também leciona Física, Astronomia, Química e Biociências.
Onuchic estudou na Universidade de São Paulo e, em 2019, recebeu o título de professor honorário concedido pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da mesma universidade.
O cientista se tornou referência no campo da física biológica. Sua área de atuação é em pesquisas para tentar solucionar fenômenos biológicos complexos, como o dobramento de proteínas.
O Brasil, agora, passa a ter dois representantes na Academia de Ciências do Vaticano. O primeiro deles foi o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, também do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Bagnato é um dos pesquisadores mais premiados do país.
Com informações de I. Media
