A grande maioria dos brasileiros é contra a legalização do aborto. É o que aponta uma pesquisa do Ipec (ex-Ibope) encomendada pelo Grupo Globo e divulgada em 13 de setembro de 2022.
A pesquisa, que também apurou intenções de voto para as eleições deste ano, entrevistou 2.512 pessoas em 158 municípios.
Segundo o levantamento, 70% dos entrevistados disseram que não concordam com a ideia de descriminalizar o aborto no Brasil, 8% afirmaram ser nem a favor nem contra e 20% acham que o aborto deve ser legalizado no país. Os outros 2% dos entrevistados não souberam responder.
A pesquisa ainda aponta que a rejeição ao aborto é maior entre evangélicos (84%), pessoas que estudaram até o ensino fundamental (80%) e residentes na região Centro-Oeste (77%).
Por outro lado, a rejeição é menor entre os entrevistados mais jovens (entre 16 e 24 anos), pessoas com ensino superior e aqueles que disseram não ter religião ou que não se declaram católicos ou evangélicos.
O aborto no Brasil hoje
Atualmente, a lei brasileira permite o aborto nos casos de gestação de feto com anencefalia, gravidez decorrente de estupro ou quando a gravidez apresenta risco de vida para a mãe. A pena é de detenção de um a três anos para mulheres que provocam o aborto em si mesma ou permitem que outra pessoa o cometa.
Uma ação que tramita no Supremo Tribunal Federam propõe mudanças, a fim de ampliar a legalização do aborto Brasil. Trata-se da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 442/2017 (ADPF 442), que foi apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em 2017 e propõe a descriminalização do aborto até a 12.ª semana de gestação. Ainda não há previsão de quando a matéria irá a plenário.
