Ao defender os pontos de vista pró-vida da Igreja Católica, São João Paulo II recorreu à ciência para explicar por que a Igreja é contra o aborto.
Ele detalhou esse argumento na sua encíclica Evangelium Vitae:
São João Paulo II quis dizer que, quando ocorre a fertilização, algo acontece e um novo organismo vivo é criado. Este organismo é diferente do pai ou da mãe e é inteiramente novo, contendo todas as instruções que irão proporcionar o seu crescimento e amadurecimento.
O Papa e santo continua:
"Aliás, o valor em jogo é tal que, sob o perfil moral, bastaria a simples probabilidade de encontrar-se em presença de uma pessoa para se justificar a mais categórica proibição de qualquer intervenção tendente a eliminar o embrião humano. Por isso mesmo, independentemente dos debates científicos e mesmo das afirmações filosóficas com os quais o Magistério não se empenhou expressamente, a Igreja sempre ensinou — e ensina — que tem de ser garantido ao fruto da geração humana, desde o primeiro instante da sua existência, o respeito incondicional que é moralmente devido ao ser humano na sua totalidade e unidade corporal e espiritual".
Se a ciência não está decidida sobre o início preciso da vida humana, São João Paulo II nos exorta a ter cautela de qualquer maneira e não se apressar em matar outro ser humano.