No voo do Cazaquistão para Roma, o Papa Francisco foi questionado sobre a situação moral do Ocidente. O jornalista mencionou especificamente a eutanásia como um exemplo ao questionar o status moral da cultura ocidental.
Primeiramente, em tom de brincadeira, o Pontífice respondeu:
“É verdade que o Ocidente, de modo geral, no momento não está no nível mais alto de exemplaridade. Não é uma criança de primeira comunhão, não mesmo”.
Francisco, então, passou a falar de várias questões políticas e sociais, enfatizando longamente a questão dos refugiados, tanto na Europa quanto em outros lugares.
O jornalista voltou à questão específica da eutanásia, e o Papa deu uma resposta breve, mas enfática:
“Matar não é humano, ponto final. Se se mata com motivação, sim… no fim mata-se cada vez mais e mais. Matar, deixemos isso para os animais.”

O que o Papa já falou sobre a eutanásia
De fato, o Papa Francisco se manifesta contra a eutanásia com regularidade. Veja algumas sentenças do Pontífice que refutam com veemência a questão:
- “A vida é um direito, não a morte – que deve ser bem-vinda, não administrada”;
- “Se a pessoa [em cuidados paliativos] se sente amada, respeitada e aceita, a sombra escura da eutanásia desaparece ou se torna quase inexistente”;
- “A prática da eutanásia, que já se tornou legal em vários estados, visa apenas aparentemente estimular a liberdade pessoal; na realidade, baseia-se numa visão utilitarista da pessoa, que se torna inútil ou pode ser equiparada a um custo”.
Em 2020, o Vaticano também divulgou uma nova declaração sobre a eutanásia. Citando a Gaudim et spes, o documento reitera que:
“O aborto, a eutanásia e a autodestruição voluntária (…) envenenam a sociedade humana, mas fazem mais mal aos que os praticam do que aos que sofrem com a lesão. Além disso, são uma suprema desonra para o Criador.”