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Como ser paciente sem perder o respeito próprio

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Silvia Lucchetti - publicado em 26/09/22

O fato de alguém aceitar abusos contínuos sem reagir não pode ser considerado paciência, mas passividade estéril

Quantas oportunidades já perdemos porque não tivemos forças para esperar? Ser paciente é um recurso emocional que nos ajuda a analisar as situações mais profundamente, pois, assim, nos permitimos mais tempo para observar e refletir. A psicóloga Ana Maria Sepe discute isso em psychoadvisor.com.

Ser paciente, sim, mas com propósito

Um aspecto importante da paciência é saber como aplicá-la em nossos relacionamentos, na interação com os outros, especialmente aqueles mais próximos de nós.

A etimologia do termo “paciência” vem do verbo latino patire (sofrer), o que significa que esta virtude envolve sofrimento, principalmente sofrimento mental. Esse sofrimento não pode ser um fim em si mesmo, mas deve encontrar uma motivação válida e um objetivo a ser alcançado, principalmente nas relações interpessoais.  

Quando a paciência é confundida com falta de caráter

Devemos, portanto, ter muito cuidado para não praticarmos a paciência indiscriminadamente.

Infelizmente, há aqueles que se aproveitam da nobreza de espírito dos outros para perseguir seus próprios objetivos egoístas e explorar a disposição das pessoas de serem pacientes, vendo isso como passividade e falta de caráter. Ana Maria Sepe enfatiza que não devemos nos permitir praticar a paciência a ponto de perder a integridade e o respeito próprios.

Respeito próprio

Tudo deve ter um limite. Esse limite é o respeito próprio. Sepe nos convida a refletir: “Vale a pena ter paciência com quem não se importa com seus sentimentos? Quem te derrubou psicologicamente? Quem não reconhece o que você faz por eles? E quem te envergonha? Menospreza você? Aproveita de sua bondade? Sempre quer estar certo?”

Por que você continua a aturar isso?

O fato de alguém aceitar abusos contínuos sem reagir não pode ser considerado paciência com propósito, mas passividade estéril. O que pode estar por trás da tolerância excessiva, que acaba sendo autodestrutiva? Frequentemente é um medo de rejeição, um medo de que os outros nos julguem negativamente. Isso nos abre para a armadilha de buscar aprovação e reconhecimento de todas as formas possíveis, expondo-nos ao risco de sermos explorados e manipulados.

Consequências

A longo prazo, essa passividade gerará insatisfação e frustração, resultando no desenvolvimento da agressividade. Quando essa agressão se torna auto-dirigida, prepara o terreno para a depressão; se externada, causará explosões comportamentais com consequências destrutivas para nós mesmos e para as pessoas ao nosso redor.

Sim, seja paciente, mas estabeleça limites

Se, portanto, é certo e apropriado ser paciente, tentar raciocinar com as pessoas enquanto tolera alguma grosseria inicial ou argumentação agressiva, é igualmente necessário traçar limites firmes além dos quais podemos perder nosso respeito próprio. 

A psicóloga afirma:

“É certo ser paciente, é certo tentar raciocinar com as pessoas, mas é igualmente certo traçar limites e, às vezes, até desistir de tentar com alguém, especialmente se a pessoa não estiver aberta para ouvir. Não adianta perder um tempo valioso com alguém que não coloca o mesmo esforço no relacionamento, seja ele qual for. Não adianta perder tempo com quem não está aberto ao diálogo.”

Aprendendo a respeitar

O limite da paciência nos relacionamentos coincide com a possibilidade real de que, em um tempo que certamente não é eterno, o outro possa, com nossa ajuda, tornar-se melhor e aprender a respeitar. Caso contrário, devemos aplicar o velho ditado: “Melhor sozinho do que em má companhia”.

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Tags:
pacienciaPsicologiaVirtudes
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