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Por que aprender a rezar salva a vida?

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spixel | Shutterstock

Pe. Luigi Epicoco - publicado em 02/10/22

No Evangelho, um homem que está paralisado há trinta e oito anos diz: "Eu não tenho ninguém". Sentimo-nos muitas vezes assim, profundamente sós. A vida espiritual é precisamente a experiência de sentir-se abraçado por Alguém que tem um nome e um rosto: Jesus

A passagem do Evangelho de João 5, 1-16 está situada numa área particular de Jerusalém que é a porta das ovelhas. Havia ali uma piscina de água que se acreditava ter propriedades curativas.

Jesus passa pela multidão de pessoas doentes que se amontoam à volta da água e detém-se diante de um homem que está paralisado há trinta e oito anos:

Ao vê-lo deitado, e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?». O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim».

A expressão “não tenho ninguém” pode traduzir o estado de espírito que habita nos corações de muitos de nós. De fato, podemos viver entre tantas pessoas mas não nos sentimos realmente acolhidos por ninguém.

A vida espiritual é precisamente a experiência de sentir-se cuidado por Alguém que tem um nome e um rosto: Jesus.

Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda». No mesmo instante, o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar.

É possível tomar a vida nas próprias mãos e recomeçar a andar quando se tem a experiência de se sentir amado de verdade. A experiência de fé é uma experiência que muda a vida precisamente porque nos liberta da paralisia que surge daquele sentimento de solidão radical que por vezes reside nos nossos corações.

Neste sentido, aprender a rezar pode literalmente salvar a nossa vida.

Evangelho segundo São João 5,1-16

Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém.
Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos.
Ali jazia um grande número de enfermos,
cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos.
Ao vê-lo deitado, e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?».
O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda».
No mesmo instante, o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora, aquele dia era sábado.
Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado, não podes levar a tua enxerga».
Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou, disse-me: “Toma a tua enxerga e anda”».
Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: “Toma a tua enxerga e anda”?».
Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no Templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior».
O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado.
Desde então, os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado.

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