Aleteia logoAleteia logoAleteia
Domingo 10 Dezembro |
Nossa Senhora de Loreto
Aleteia logo
Espiritualidade
separateurCreated with Sketch.

“A espiritualidade monástica em suas origens”

Chrystus

Monkpress | MONKPRESS/East News

I. Media - publicado em 09/10/22

As fontes da límpida riqueza espiritual dos primeiros monges. Leia:

O presente livro, recém-lançado pelas Edições Subiaco, é de Luc Brésard, O. Cist. (1921-2012), estudioso e escritor do século XX.

Reúne, de modo adaptado, num só volume, as três obras do monge publicadas originalmente em francês: Cursos, revisões e trabalhos (vol. 1), Textos e tabelas (vol. 2) e Explicações dos textos, respostas às revisões, respostas aos trabalhos (vol. 3). Visa ajudar na formação de monges, monjas, oblatos(as) – em comunidade ou individualmente – e de todos os demais interessados nas origens da vida monástica, eremítica e cenobítica.

Como todo bom mestre, Brésard expõe, logo nas primeiras páginas, o método que seguirá. Seu objetivo é, como se vê, oferecer um Curso de história da espiritualidade monástica. Isso posto, o religioso explica cada termo presente no nome da sua formação. A História em si diz respeito a fatos passados, portanto a coisas que já se foram ou a “coisas mortas” (p. 15). Já a Espiritualidade faz referência à vida espiritual à luz do Espírito Santo. Ele, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, desce até nós para agir no nosso interior e, desse modo, conduzir-nos a Deus. Nossa resposta a esta ação deve ser uma subida rumo ao Eterno. Ora, a História da Espiritualidade une, portanto, esses dois termos que, à primeira vista, parecem muito distintos. Como se dá, no entanto, tal união?

O próprio monge nos responde: “Estudar a história da espiritualidade é […] esforçar-se por conhecer, no transcurso da história, o apelo de Deus ao homem e a resposta do homem a Deus, isto graças a textos que nos foram transmitidos, escritos por esses homens que viveram movidos por Deus, ou que foram escritos a respeito deles. Só há história quando há textos. Esses textos vão traçar-nos o perfil moral e espiritual de cada uma dessas testemunhas, sua reação perante a ação de Deus, sua maneira de ir até ele. Não se trata, pois, de algo morto como a História pura e simplesmente, mas de algo eminentemente vivo” (p. 16). “É o Espírito que nos fará entrar em contato, e mesmo em amizade, com esses homens sempre presentes entre nós por seus escritos” (idem).

Por fim, cabe lembrar que essa Espiritualidade é a monástica. Diz o autor do estudo em foco: “Só vamos nos ocupar dos monges, não considerando, por enquanto, aqueles dentre os Padres da Igreja que nada têm ou têm pouco a nos dizer sobre a vida monástica. E quanto aos que falam da vida monástica em seus escritos, faremos apenas uma breve apresentação de sua pessoa e só refletiremos em sua obra o que concerne à vida monástica, deixando de lado o que pertence ao Curso de Patrologia” (p. 16-17).

Para ser fiel ao seu importante trabalho, Luc Brésard propõe o seguinte roteiro: 1) A pré-história (Inácio e Bento). 2) Antão. 3) Um percurso turístico (o mundo dos monges, Padres da Igreja e monges e monaquismo antigo). 4) As Regras monásticas. 5) Pacômio. 6) Os Apoftegmas (sentenças dos Padres do Deserto). 7) Evágrio. 8) Cassiano. 9) Basílio. 10) Pseudo-Macário. 11) Agostinho. 12) O Monaquismo ocidental. 13) Os monges de Gaza. 14) João Clímaco e a Conclusão. Nesse roteiro, chamam particular atenção do estudioso as páginas 79-96, pois oferecem um resumo histórico dos primórdios da vida monástica e do ambiente histórico-geográfico em que ela se desenvolveu. Também muito oportunas são as páginas 133-184 sobre os Apoftegmas.

A propósito deles escreve o autor: “De acordo com seu nome, apo (vindo de) e phtegommai (dizer), são palavras desses Padres do deserto que nos foram conservadas” (p. 134). “Os apoftegmas são o livro da experiência e, se os considerarmos como tais, são de uma riqueza inigualável. De certo modo, constituem o material bruto a partir do qual se formou a espiritualidade monástica dos séculos posteriores. Parecem espontâneos, mas não são palavras que não dizem nada; são cheios de seiva, fruto de uma lenta germinação no silêncio do deserto” (p. 139).

Seja, pois, A espiritualidade monástica em suas origens, de Luc Brésard, O. Cist., um forte estímulo a cada ser humano interessado em beber nas fontes da límpida riqueza espiritual dos primeiros monges. Parabéns às Edições Subiaco pelo lançamento!

Pedidos: https://www.livrarialoyola.com.br/produto/a-espiritualidade-monastica-em-suas-origens-695790

Ir. Vanderlei de Lima é eremita de Charles de Foucauld

Tags:
EspiritualidadeHistória da Igrejamonges
Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Oração do dia
Festividade do dia





Envie suas intenções de oração à nossa rede de mosteiros


Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia