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A pior coisa? Quando você não sabe nem mais como pedir ajuda

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By fran_kie | Shutterstock

Pe. Luigi Epicoco - publicado em 09/10/22

Jesus pronuncia a palavra"Effathá" no Evangelho, que significa abrir-se, saindo de todos os nossos fechamentos e isolamentos

Um dos sintomas do mal em nossa vida é justamente o isolamento. Acima de tudo, o isolamento da realidade e dos outros. Nós nos trancamos dentro de nossas cabeças, nossas ideias, e confundimos a realidade com o que está apenas dentro da nossa cabeça.

O pior, então, é quando a gente não consegue mais nem pedir ajuda, buscar ajuda para sair desse isolamento. O Evangelho de Marcos 7, 31-37 fala exatamente disso.

Depressão

A história desse surdo-mudo não é simplesmente sobre a cura física de um homem, mas sobre o sinal que ela indica. Jesus reabre os sentidos. Ou seja, reabre as formas de comunicação com a realidade. Isso nos traz de volta à terra. Dá valor às coisas que existem e não às nossas elucubrações mentais que são o primeiro combustível das nossas depressões.

No referido episódio do Evangelho, Jesus pronuncia a palavra”Effathá”, que significa abrir-se, saindo de todos os nossos fechamentos e isolamentos.

Jesus, afastando-Se com ele da multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos e com saliva tocou-lhe a língua. Depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse-lhe: «Effathá», que quer dizer «Abre-te».

Mc 7, 31-37

Dedos, saliva, língua, toque, são coisas de extrema concretude. O contato concreto da vida é a ocasião que o Senhor muitas vezes nos dá para curar. Não raciocinando, mas deixando-se “tocar” concretamente nas coisas, é aí que também encontramos a cura.

Não basta reordenar ideias, às vezes precisamos de um encontro/embate com a concretude da realidade.

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