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Arcebispo espanhol: usar batina atualmente é “revolucionário”

usar batina

Monika Wisniewska/Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 20/10/22

"Houve um tempo em que a novidade parecia ter a ver com tirar a batina"

Usar batina atualmente é “revolucionário”, afirmou o arcebispo da arquidiocese espanhola de Valladolid, dom Luis Argüello, durante a homilia de uma ordenação diaconal neste final de setembro.

“Houve um tempo em que a novidade parecia ter a ver com tirar a batina e o colarinho clerical. Atualmente, com certeza, o revolucionário, a novidade, a presença do sobrenatural nas ruas e nas praças é que os frades usem hábito, as freiras sejam reconhecíveis e nós, que fomos ordenados, também o sejamos”.

Dom Luis acrescentou aos novos diáconos:

“Vocês vão usar uma veste própria. Por cima da batina vão colocar uma estola diaconal e uma dalmática. Além disso, podem usar uma veste clerical, podem usar um distintivo para que as pessoas vejam em praça pública que vocês são homens consagrados ao Senhor”.

Além do significado profundo de usar batina, o arcebispo também enfatizou a importância do compromisso dos novos diáconos com a liturgia das horas, cuja oração diária garante que “o nome do Senhor seja louvado na Igreja de manhã até a noite, do nascer ao pôr do sol”, porque “sem louvor, o coração se encolhe e, sem louvor, as mãos se fecham”.

Dom Luis destacou ainda o valor do celibato, igualmente “revolucionário”:

“Vocês prometem viver no amor celibatário! Como isso é contracultural numa época de extraordinária banalização da sexualidade, numa época em que a esponsalidade parece ter perdido o seu lugar!”.

Por fim, o arcebispo valorizou a virtude da obediência prometida pelos diáconos ao bispo e aos seus sucessores, numa época dominada pela “proclamação de direitos sem o outro lado dos direitos, que são, inevitavelmente, os deveres”. Pela obediência, aquele que se consagra a Deus exerce “a liberdade de não olhar para si mesmo”, a “livre liberdade de amar sem condições”.

Dom Luis concluiu:

“É uma proposta revolucionária viver em Deus de manhã à noite, viver em amor celibatário, viver em obediência”.

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