Resenha de Imprensa: Renovado acordo entre China e Vaticano

O jornal italiano Corriere della Sera relatou a 19 de Outubro de 2022 que a Santa Sé e a China renovaram o seu acordo pastoral sobre a nomeação de bispos por mais dois anos. Uma fonte do Vaticano consultada por I.MEDIA declarou que esta informação é "muito credível".

Assinado pela primeira vez em 2018 e renovado por dois anos em 2020, o acordo histórico entre a China e a Santa Sé expirou em Outubro de 2022. Se apenas pastoral, o acordo representa uma importante aproximação entre os dois países, que não tinham tido relações diplomáticas desde 1949 e a proclamação da República Popular da China.

Embora os termos do acordo permaneçam secretos, permite ao Papa ter a última palavra na nomeação dos bispos na China. Até agora, apenas seis bispos foram nomeados em quatro anos.

O anúncio oficial da renovação do acordo está previsto para o final da semana, segundo o Corriere della Sera, um relatório considerado altamente provável por uma fonte do Vaticano consultada por I.MEDIA. O diário italiano informa que o acordo provisório vigora até 22 de Outubro de 2024.

Em Setembro, tanto o Papa Francisco como o Secretário de Estado Pietro Parolin - que é pessoalmente responsável pela diplomacia com a China - tinham anunciado o seu desejo de que o acordo fosse prorrogado em Outubro.

Uma fonte diplomática consultada por I.MEDIA expressou surpresa por o acordo ainda não ter sido oficialmente assinado, apesar de a delegação do Vaticano enviada a Pequim para negociar a sua renovação estar de volta a Roma há mais de 10 dias. A fonte interrogou-se se Roma não teria tentado acrescentar novos termos ao acordo.

Corriere della Sera, italiano

O Papa Francisco pediu novamente aos fiéis que rezassem pela "Ucrânia martirizada" durante a sua catequese de quarta-feira na Praça de São Pedro, a 19 de Outubro de 2022. Também teve um pensamento para as vítimas das enchentes na Nigéria.

Como tem feito regularmente desde a invasão russa da Ucrânia a 24 de Fevereiro, o pontífice convidou os cristãos a rezarem pela Ucrânia à margem da audiência geral.

"Rezemos pelas coisas más que ali estão a acontecer, as torturas, as mortes, a destruição", disse o papa, marcando um tempo de silêncio.

No domingo, Francisco tinha encorajado os fiéis a juntarem-se a uma iniciativa de oração do rosário dirigida pela Ajuda à Igreja que Sofre para levar o "povo ucraniano martirizado" à intercessão da Virgem Maria.

Francisco também tinha um pensamento para a população da Nigéria, um país que enfrentava graves inundações.

"Estou a pensar nas chuvas violentas que açoitaram o vosso país nos últimos dias, causando inundações, a morte de muitas pessoas, muitos desaparecidos e grandes danos", disse ele, convidando a oração por aqueles que perderam a vida e por todos aqueles que foram afetados por tal "calamidade devastadora".

Ele esperava que estas pessoas pudessem contar com "a nossa solidariedade e o apoio da comunidade internacional". De acordo com a AFP, 600 pessoas morreram desde Junho como resultado de inundações na Nigéria causadas por chuvas exponenciais. Cerca de 1,3 milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas casas.

Vatican News, português

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