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EUA: ex-deputada sai do Partido Democrata por hostilidades à fé

Tulsi Gabbard, ex-deputada do Partido Democrata

Crush Rush | Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 28/10/22

Tulsi Gabbard denuncia dois pesos e duas medidas do Partido Democrata no tocante aos militantes pró e contra o aborto

A ex-deputada norte-americana Tulsi Gabbard saiu do Partido Democrata por causa de hostilidade à fé, bem como de outras posturas ideológicas tendenciosas, discriminatórias e autoritárias que denunciou na agenda do partido. Atualmente, os democratas detêm a presidência dos Estados Unidos, com Joe Biden e Kamala Harris.

Tulsi Gabbard foi deputada pelo Havaí, exerceu a vice-presidência do Comitê Nacional Democrata em 2016 e chegou a ser pré-candidata à presidência do país em 2020.

Entre as razões que alega para a sua saída do Partido Democrata, ela menciona o “estilo woke” adotado pela legenda. A expressão se refere ao suposto “despertar” para problemáticas profundas de justiça social e racial, mas tem sido utilizada para manipular a opinião pública e enfatizar pautas esquerdistas.

De acordo com a agência CNA, a ex-deputada também acusa o partido de ser dominado por “elitistas e belicistas” que “alimentam o racismo contra os brancos” e “violam a liberdade de expressão e a liberdade de religião”. Tulsi Gabbard ressalta que a hostilidade dos democratas “em relação às pessoas de fé” é “impressionante”.

Em um vídeo de 30 minutos, veiculado no YouTube, ela apresenta os porquês da sua decisão de deixar o Partido Democrata. Nesse pronunciamento, ela declara:

“Qualquer partido político que esteja tentando apagar a presença de Deus de todas as facetas da vida pública e que seja hostil àqueles que escolhem adorar a Deus não pode ser confiável para proteger os nossos direitos inalienáveis ​​outorgados por Deus e consagrados na Constituição, e, portanto, não deve estar no poder”.

A ex-deputada e ex-democrata menciona também as recentes acusações e prisões de líderes pró-vida, como o católico Mark Houck, pai de sete filhos:

“Sete desses onze manifestantes pró-vida enfrentam 11 anos de prisão e 250.000 dólares em multas. Eles não usaram força física e não eram perigosos”.

Pelo contrário, ela acusa o governo de empregar excesso de força contra cidadãos norte-americanos que divergem política e ideologicamente do viés esquerdista do Partido Democrata.

Cabe destacar que Tulsi Gabbard nunca foi apoiadora das causas pró-vida – muito pelo contrário. Mesmo assim, ela reconhece que a defesa exacerbada da pauta abortista está passando de todos os limites.

A ex-democrata denuncia que o governo de Joe Biden usa dois pesos e duas medidas no tocante aos ativistas pró-vida e pró-aborto, perseguindo sistematicamente os primeiros e favorecendo explicitamente os segundos:

“Enquanto os ativistas pró-aborto protestaram dia e noite na frente das casas dos juízes da Suprema Corte, em clara violação da lei federal, o governo Biden se manteve à margem e não fez absolutamente nada”.

Tulsi Gabbard também criticou a vice-presidente Kamala Harris pela postura intolerante contra a causa pró-vida. E cita um exemplo: após a decisão da Suprema Corte de derrubar a antiga lei inconstitucional pró-aborto, em junho deste ano, Kamala Harris declarou que a Suprema Corte estava atuando de forma “ilegítima”, simplesmente, segundo Gabbard, porque “ela não concorda com a decisão”.

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