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Religiosa e padre homenageados pelo testemunho de fé que viveram em cativeiro

GLORIA CECILIA NARVAEZ
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Reportagem local - publicado em 06/11/22
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Eles foram sequestrados por grupos terroristas que atuam no continente africano e que olham para a Igreja Católica como um dos alvos a abater

Foram raptados e durante vários anos estiveram em cativeiro em África, às mãos de grupos jihadistas. A Irmã Glória Narvaéz Argoti e o Padre Pier Luigi Maccalli têm agora, além dessa experiência dramática, mais uma coisa em comum: foram ambos homenageados na primeira edição do Prémio ‘Beata Pauline Jaricot’, instituído em Espanha pelas Obras Missionárias Pontifícias.

A atribuição deste prémio visa reconhecer o trabalho e o testemunho de fé dos dois missionários nos momentos difíceis por que passaram após terem sido sequestrados por grupos terroristas que actuam no continente africano e que olham para a Igreja Católica como um dos alvos a abater.

Pier Luigi Maccalli, missionário italiano da Sociedade de Missões Africanas, foi libertado a 8 de Outubro de 2020, no Mali, ao fim de cerca de dois anos de cativeiro após ter sido raptado na Diocese de Niamey, no Níger, a 17 de Fevereiro de 2018.

História algo semelhante foi vivida pela Irmã Glória Narvaéz Argoti. A religiosa colombiana estava em Karangasso, no Mali, na missão das Franciscanas de Maria Imaculada, onde vivia, quando a 7 de Fevereiro de 2017, um grupo de homens armados invadiu a casa e a levou como refém. Foram quase cinco anos de sofrimento e angústia que só terminariam em 9 de Outubro do ano passado.

“Quero agradecer a Deus, que me deu a oportunidade de nascer de novo e voltar à minha missão”, disse a Irmã Glória ao receber o prémio, lembrando que foi nos anos de cativeiro que mais sentiu a presença de Deus, pois, disse, “não há cruz sem Cristo”.

O Padre Pier Luigi lembrou, na ocasião, o povo de Bomoanga, no Níger, onde estava quando foi raptado. A experiência de cativeiro leva-o agora a pedir para ver com atenção o continente africano, onde estão a acontecer muitas guerras e conflitos que passam praticamente despercebidos aos olhos do mundo. “As nossas histórias como reféns do jihadismo puseram em evidência uma região de África onde se vivem muitas guerras esquecidas”, disse o sacerdote italiano.

A Fundação AIS acompanhou sempre com preocupação os casos da Irmã Glória e do Padre Maccalli, tendo inclusivamente, na Quaresma de 2020, apresentado as suas histórias como exemplo de heroicidade de quem leva a missão na Igreja e o serviço aos outros ao limite do sacrifício. Os prémios foram entregues na semana passada pelo Arcebispo de Pamplona, D. Francisco Pérez.

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