O diabo está mais ativo do que nunca, afirmou o pe. Francisco Torres Ruiz, exorcista espanhol, em referência às cada vez mais escancaradas manifestações públicas de culto satânico.
Em particular, ele comentou a ocorrência do Festival do Orgulho Pagão, em 29 de outubro, no estado norte-americano do Texas, por iniciativa do Templo Satânico, uma organização que se descreve como “não teísta” e “dedicada ao ativismo político e cultural”, mas, ao mesmo tempo, declara culto ao diabo.
Muitos participantes do evento do grupo satanista compareceram disfarçados de padres e freiras, o que o pe. Francisco interpreta como uma nítida zombaria dos católicos. A justificativa para as fantasias ofensivas foi o Halloween, que o sacerdote exorcista descreveu como “festa de disparates” e “grande festa do mundo pagão e satânico”, instrumentalizada “para atrair seguidores para suas seitas” e “seduzir as massas ignorantes a oferecerem culto, mais ou menos explícito, ao diabo, mesmo apresentado de maneira inócua por pura diversão”.
De fato, vídeos do evento satanista divulgados nas redes sociais mostram um ritual sacrílego em que os organizadores pintam cruzes invertidas na testa dos participantes, que respondem “Salve, Satanás”. Os participantes também receberam um “certificado de desbatismo”, pelo qual pagaram 10 dólares. O “documento” registra:
“Todos os laços de servidão foram rompidos. O poder e a capacidade de ação foram restaurados. Você mesmo é seu mestre. Salve, Satanás”.
A este respeito, o pe. Francisco esclareceu:
“É uma zombaria grosseira. O batismo é um sacramento que imprime caráter e, portanto, nunca pode ser apagado. As pessoas que se deixaram marcar e saudaram Satanás como seu ‘deus’ não estão conscientes do perigo que trouxeram para sua alma, porque soltaram as rédeas do diabo para prejudicá-las nesta vida e arrebatar a sua alma para o inferno se elas não se converterem e voltarem ao Deus único e verdadeiro”.
Em declarações à agência católica de notícias ACI Prensa, o exorcista afirmou sobre a ação do diabo:
“Esses atos satânicos têm que nos deixar alertas e nos fazer notar que o diabo está mais ativo hoje do que nunca, e que a Igreja tem que usar as suas forças espirituais para formar cristãos e pastores na luta contra o mal. Adoração e reparação são mais necessárias hoje do que nunca”.
O padre também observou que a quantidade de seitas satânicas “aumentou exponencialmente” sob a alegação enganosa de que cultuar o diabo seria um ato de “independência de Deus” e “afirmação da própria vontade”, quando, na verdade, o pacto com o demônio lhe concede “um domínio despótico sobre a pessoa”, porque “Satanás sempre reivindicará a sua presa”.
Ao longo dos dias anteriores ao evento satânico, grupos de católicos locais se reuniram em oração de reparação.
