Aleteia logoAleteia logoAleteia
Sexta-feira 29 Março |
Aleteia logo
Histórias Inspiradoras
separateurCreated with Sketch.

Como a incrível história desta menina missionária pode inspirar nossos filhos

TERESITA

Photo courtesy of the Archdiocese of Madrid.

Benito Rodríguez - publicado em 10/11/22

Teresita Castillo morreu devido um tumor cerebral, mas a história dela pode mudar a vida de nossos filhos

A vida de Teresita Castillo, a menina missionária de 10 anos que morreu na Espanha em 7 de março de 2021 devido a um tumor no cérebro, é uma história que vale a pena contar aos nossos filhos. Com certeza, a jornada desta guerreira tocará os corações deles!

Aqui estão seis lições que nossos filhos podem aprender com a missionária:

1. Permanecer alegre mesmo diante da doença

É bom ensinar as crianças a enfrentar as dificuldades da vida – desde um revés que as entristece até uma doença na família. Olhar para a vida exemplar dessa menina pode nos ajudar a conversar com nossos filhos sobre como as dificuldades podem ser enfrentadas.

Teresa foi diagnosticada com um tumor cerebral em 2015. Ela tinha 5 anos. A cirurgia e a quimioterapia foram um sucesso no início. Mas, em 2018, o tumor mostrou sua cara mais uma vez. Uma nova cirurgia foi necessária. Em 2020, uma batida na cabeça enquanto ela brincava a levou de volta ao hospital, e em janeiro de 2021 ela voltou a ser hospitalizada com fortes dores. Ela permaneceu no hospital até sua morte, em março daquele ano.

Apesar das dificuldades, Teresita Castillo nunca perdeu o sorriso, a preocupação com os outros e a fé. Ela encontrou no sofrimento uma maneira de se aproximar de Deus. Sua mãe explicou que a menina sentia que Jesus estava usando seus sofrimentos para salvar mais almas.

2. A importância dos missionários

Não é comum que as crianças parem e pensem nos missionários. Mas podemos conversar com elas sobre esse trabalho e, sobretudo, sobre o seu significado: tornar Jesus conhecido em todas as partes do mundo. As pessoas podem ser missionárias nos lugares mais remotos do planeta ou na sala de aula onde estudam. Mais uma vez, Teresita pode nos fornecer material para abordar essa questão com as crianças.

Ela surpreendeu a todos porque, apesar de sua juventude, tinha uma ideia muito clara de sua vocação. Queria ser missionária e levar Jesus a todos os cantos do mundo. Sua decisão foi firme, mesmo nos piores momentos de sua doença.

O vigário episcopal da região de Madri foi ao hospital onde Teresita estava sendo tratada. Ele a encontrou na cama, fraca, com a cabeça enfaixada. Apesar disso, a menina contou-lhe o que sua família já sabia: “Quero ser missionária. Eu quero viver para Jesus”.

O vigário ficou muito impressionado e, profundamente comovido, respondeu-lhe: “Teresita, constituo-te neste instante como missionária da Igreja e voltarei esta tarde para trazer-te o teu documento oficial e a cruz missionária”. E assim aconteceu. Ela pediu à mãe: “Coloque a cruz na barra da cama do hospital, para que eu possa dar uma boa olhada. Amanhã vou levá-la para a sala de cirurgia. Já sou missionária!”

3. Sensibilidade ao sofrimento dos outros

Teresita Castillo era filha única, nascida de pais russos na Sibéria. Ela foi adotada por um casal espanhol quando tinha três anos. Depois que o processo terminou, Teresa e Eduardo, seus novos pais, foram buscá-la e levá-la à Espanha para começar sua nova vida.

No caminho, durante uma parada em Moscou, a menina viu uma mulher pedindo esmola e começou a conversar com ela. Seus pais não sabem o que elas conversaram, mas a mulher comprou para a menina um ovo de Páscoa de chocolate com algumas das poucas moedas que ela havia recebido. Os pais não entenderam nada do que elas disseram porque falavam em russo, mas ficaram surpresos.

Uma vez na Espanha, compreenderam que Teresita tinha uma sensibilidade especial ao sofrimento e à solidão das pessoas. Apenas alguns meses depois, em Madri, ela viu um mendigo sem pernas. Sem uma palavra, ela foi até ele e lhe deu um abraço e um beijo. Cenas como essa eram frequentemente repetidas.

Onde quer que ela via tristeza, levava sua alegria. Talvez possamos perguntar aos nossos filhos como eles reagem ao ver essas pessoas, se podem dar esmolas ou fazer uma oração por elas.

4. Rezar com alegria

Teresita rezava todos os dias. Sempre que a doença permitia, ela ia à missa. 

Certa vez, sua mãe a convidou para rezar uma dezena do Rosário com ela, mas a menina achou que não era suficiente. Então elas rezaram todo o Rosário juntas.

Devemos também orar com nossos filhos e incentivá-los a rezar com alegria, não como uma mera repetição mecânica; devemos ensiná-los a colocar o coração, a afeição e o entusiasmo nisso.

5. Amar a Eucaristia

Teresita Castillo ia à missa sempre que podia. Lá ela conheceu o Senhor sob as espécies do pão e do vinho. Sua Primeira Comunhão foi um dia incrivelmente especial para ela: “Senti que Deus me amava e que estava me convidando para o céu”, ela respondia quando perguntada sobre aquele dia.

Durante sua doença, quando ela estava confinada à cama com quase nenhuma força, a Comunhão era trazida para ela em seu quarto ou na UTI. O vigário que a declarou missionária nos conta que quando foi visitá-la no hospital, a primeira coisa que ela lhe perguntou foi: “Você está me trazendo Jesus, certo?”

Pode ser um bom exercício recordar com nossos filhos Primeira Comunhão deles ou usar o exemplo de Teresita para preparar aqueles que ainda não a receberam. Em ambos os casos, podemos ajudá-los a preparar melhor seus corações para Jesus.

6. Conhecer os santos

A história de Teresita é um testemunho que vale a pena contar porque tem cheiro de santidade. Ela mesma estava familiarizada com as crianças santas. No funeral de Teresita, o pai contou um momento que vivenciou com ela antes da última operação, quando quis encorajar a filha, dizendo que ela ia viver. Teresita respondeu: “Não, papai, vou para o céu. Eu vi Carlo Acutis em um sonho e vou para o céu.” Carlo havia sido beatificado recentemente em Assis. Ele é um santo contemporâneo que pode inspirar as crianças do nosso tempo. 

Os pais de Teresita Castillo ensinaram a ela a vida dos santos. De fato, sua vocação missionária foi despertada depois de assistir a um desenho animado sobre Madre Teresa de Calcutá. 

Enfim, conhecer os santos é o primeiro passo para se relacionar com eles, pedir sua intercessão e aprender com seu exemplo.

Tags:
CâncerCriançasFilhosMissionáriospais
Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia