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Mãe escreve carta emocionante ao filho gêmeo que só viveu 24 horas

BABY BORN

Cultura Motion - Shutterstock

Ricardo Sanches - publicado em 16/11/22

"Eu sou muito grata por Deus nos ter dado 24 horas com você", escreveu a mãe

É claro que o amor de uma mãe (e também, dos pais) por todos os seus filhos é imenso e intenso. Um amor que começa antes mesmo de eles nascerem e dura para sempre, independentemente do quanto eles vivem nesta terra. É por isso que, quando um deles parte para a Casa do Pai, a dor é gigante e só pode ser superada por causa da crença na vida eterna.

Imagine, então, viver a alegria do nascimento de um filho e, ao mesmo tempo, o pesar pela morte de outro? Foi o que aconteceu com a fotógrafa Autumn Colette. Um de seus filhos gêmeos morreu um dia após o parto.

A fotógrafa compartilhou com o site Love What Matters uma carta emocionante que ela escreveu para recém-nascido que partiu para a Casa do Pai.

Carta de uma mãe ao filho que morreu um dia após o parto

Uma carta ao meu doce Parker:

Não passa uma hora que você não esteja em minha cabeça. Não posso acreditar que dei à luz dois lindos meninos e um foi tirado de mim. Muitas vezes, desejo que eu ainda estivesse grávida e que você estivesse seguro aqui comigo. Eu gostaria de poder mantê-lo na minha barriga para sempre e nunca dizer adeus.

Quando seu pai e eu descobrimos que teríamos gêmeos, ficamos em choque. Eu fiquei nervosa pensando em como criar dois meninos idênticos. Fiquei preocupada, pensando que vocês dois sempre competiriam e brigariam por tudo. Com o tempo, esses sentimentos de ansiedade foram embora. Fiquei muito empolgada para ter vocês dois. Eu mal podia esperar para ver vocês, meninos, abraçados como recém-nascidos, brincando de blocos de montar juntos, jogando futebol juntos e usando duas camisas com o nome Clark. Até pensei em vocês como colegiais e homens adultos. Gostaria de saber se vocês curtiriam os mesmos esportes e se teriam os mesmos amigos. Eu não posso deixar de chorar, pensando que, agora, nunca vou saber.

Eu sou muito grata por Deus nos ter dado 24 horas com você. Nesse curto espaço de tempo, aprendi muito sobre você. Senti sua determinação e sua força na UTI neonatal. Eu vi o quanto você estava lutando para ficar aqui na terra. Estou muito orgulhosa de você e da coragem que você mostrou.

Quando os médicos nos disseram que era hora, eles me permitiram segurar você pela primeira vez. Eu não pude deixar de olhar para você e pensar em como você era lindo. Tudo em você era perfeito, do topo da cabeça até os dedinhos dos pés. Eu só esperava e rezava e rezava e rezava por um milagre, pedindo que seus sinais vitais aparecessem. Quando percebi que era realmente a sua hora, olhei para o seu pai e nós dois soubemos que você estava em um lugar melhor. Ficamos sentados lá por horas apenas segurando você firmemente em nossos braços, lugar em que você pertencia. Eu não queria dizer adeus porque eu sabia que isso significava que era real.

Parker, eu faria qualquer coisa no mundo para tê-lo aqui. Eu acredito que meu coração sempre vai doer por você. Pensarei em você todos os dias, Parker. Você é meu para sempre. Eu te amo, doce menino.

Com o tempo, pensamos que a ausência da presença física de Parker poderia ficar mais fácil – mas não fica. Estamos vendo que, simplesmente, aprendemos a lidar com isso um pouco melhor. Agora, a maior oração que meu marido e eu temos é para que a vida de Parker tenha significado algo. Nossa história poderia ajudar outros pais em luto? A equipe médica poderia aprender com suas doenças para curar futuros bebês? Poderíamos simplesmente amar mais nossos outros três filhos sabendo o quão preciosas suas vidas realmente são? Ainda não sabemos a resposta para essa oração. Para nós, que ainda estamos aqui na terra, a história de Parker não terminou. No entanto, Deus já escreveu esse livro.

Continuaremos nos esforçando para honrar a Deus e lembrando o que o tempo de Parker aqui na terra e a vida dele significaram para nós”.

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