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Os 52 anos da tentativa de assassinato contra o Papa nas Filipinas

Papa São Paulo VI

Ambrosius007, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Papa São Paulo VI

Francisco Vêneto - publicado em 01/12/22

São Paulo VI foi alvo de ataque a faca logo após desembarcar do avião

O último dia 27 de novembro marcou os 52 anos da chocante tentativa de assassinato sofrida pelo Papa São Paulo VI nas Filipinas.

Naquela data, em 1970, ele tinha acabado de descer do avião no aeroporto da capital, Manila, quando se salvou de ser morto a facadas.

Paulo VI estava cumprimentando autoridades civis e eclesiásticas quando um homem vestido de padre se aproximou e o feriu duas vezes, conseguindo atingi-lo com a faca na jugular.

O agressor, que sofria de problemas mentais, foi o pintor boliviano Benjamín Mendoza y Amor Flores, imediatamente preso pela polícia filipina e, posteriormente, perdoado pelo pontífice.

Quem impediu o agressor de esfaquear o Papa mortalmente foi o arcebispo norte-americano dom Paul Marcinkus, que, pela grande estatura e porte físico, era apelidado de Gorila. O pontífice lhe daria de presente, em gesto de gratidão pela coragem heroica, o cálice que viria a usar na cerimônia de ordenações sacerdotais celebrada no dia seguinte.

Por ocasião da beatificação de Paulo VI em outubro de 2014, foi exposto na Praça de São Pedro um relicário que continha a camiseta usada naquele dia pelo Papa, a qual preservava o sangue dos seus ferimentos a faca.

A passagem de Paulo VI pelas Filipinas fazia parte de uma longa viagem apostólica por países como Irã, Paquistão, Sri Lanka, Indonésia, Hong Kong, Samoa e Austrália. Foi a última viagem de São Paulo VI.

Em Manila, mesmo após sofrer a tentativa de assassinato, São Paulo VI reafirmou aos filipinos a sua esperança na paz:

“Gostaríamos que se consolide a sua vontade de viver em boa harmonia com todos, de promover o desenvolvimento social em nome da caridade de Cristo, da qual vocês são testemunhas, de valorizar as virtudes cívicas de integridade, de desinteresse e de serviço, semelhantes para todos, já que essas virtudes são a base da prosperidade dos povos grandes, livres e unidos”.

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HistóriaPapaViolência
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