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Voluntários que conversam de graça na rua, um remédio para a solidão

mężczyzna siedzi zimą na ławce i podziwia krajobraz pięknej górskiej doliny

New Africa | Shutterstock

Dolors Massot - publicado em 07/12/22

Este movimento já conta com voluntários em vários países. Infelizmente, hoje em dia a solidão já começa a afetar os países em desenvolvimento, e não apenas os países ricos, como há pouco tempo… Veja:

Quem diz que a mídia e as redes sociais geraram uma grande sociabilidade global não conhece Adrià Ballester. Este jovem de Barcelona dedica-se a falar de pessoa a pessoa. Ele monta duas cadeiras na rua, senta-se em uma delas e coloca uma placa convidando qualquer um que queira sentar-se e conversar.

Adrià faz isso porque percebeu que há muitas pessoas que não têm ninguém com quem conversar, mesmo que vivam cercadas por outras pessoas nas ruas e praças. As multidões não implicam em contato. E a conversa é essencial, vital.

O Free Conversations Moviment

Assim, em 2017, este jovem de 28 anos começou algo que hoje é o Free Conversations Moviment. Ele o faz para combater o “processo de desumanização e isolamento de um sistema social que quebra a conexão humana pessoal básica e a substitui por uma ilusão de hiperconectividade global, muitas vezes enganadora”, como ele explica. Desta forma, o “crescimento dos valores de humanidade” será alcançado.

Não foi algo programado, mas o fato é que Adrià foi seguido por outras quatro pessoas nas mais diversas partes do mundo: da Cidade do México a Hong Kong, passando por Toronto (Canadá) ou Equador, onde uma jovem mulher coordena os “conversadores” da América Latina. Na Espanha, há outros “conversadores” em Barcelona e na Galiza.

Você pode ver algumas imagens do movimento aqui:

Cada voluntário, dez conversas por semana

O movimento já realizou mais de 1.500 conversas. A média é de cerca de 10 conversas por voluntário por semana.

Agora é uma ONG. Cresceu, tem um voluntário que é responsável pelo marketing na França, outro que faz o design gráfico do site… Adrià dá seu dinheiro para a manutenção do site e esta é uma forma permanente de aumentar o número de conversadores.

Toca o coração

Gaal Cohen, por exemplo, de Guadalajara (México), leu um artigo em “La Vanguardia” em 2019 e aderiu ao movimento. Ele dedica à iniciativa as manhãs de sexta-feira. O jornal de Barcelona dedicou-lhe novamente um artigo em junho passado e Gaal explicou o que dá sentido a este projeto: “Toca verdadeiramente o coração”. Em seu caso, a prefeitura de Guadalajara está ciente desta aventura e a apoia.

Um remédio para muitos

Visitar idosos e pessoas que estão sozinhas em residências ou lares de idosos pode ser difícil, especialmente devido às medidas de segurança tomadas nesses lugares, mas a rua pode ser um ponto de encontro ao ar livre e com a proximidade do coração. Esse é o maior presente e o melhor remédio para muitas pessoas que são vítimas da solidão.

A ideia de Adrià é também uma reflexão sobre como podemos melhorar nossa sociedade. Tudo isso pode começar estabelecendo laços com nossos vizinhos: uma saudação, uma genuína preocupação pelos outros, um gesto altruísta graças ao qual a outra pessoa descobre que existe para os outros…

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