- Na Ucrânia, “a história está se repetindo”, lamenta o Papa
- Francisco exalta a “graça original” de Maria
1Na Ucrânia, “a história está se repetindo”, lamenta o Papa
Por Anna Kurian – Mais de 80 anos após o programa de extermínio nazista dos judeus poloneses, o Papa Francisco entristeceu-se pelo fato da guerra se repetir com o conflito russo-ucraniano, durante a audiência geral de 7 de dezembro.
Saudando os peregrinos poloneses na Sala Paulo VI do Vaticano, o Papa se referiu ao aniversário da Ação Reinhard, o nome do plano alemão para exterminar os judeus poloneses no Governo Geral polonês, lançado no outono de 1941.
Quando o Centro de Relações Católicas-Judaicas da Universidade Católica de Lublin recordou esta tragédia da Segunda Guerra Mundial em 5 de dezembro, o Papa denunciou o que foi “o extermínio de quase dois milhões de vítimas, principalmente de origem judaica”, nos campos de Belzec, Sobibor e Treblinka II.
O chefe da Igreja Católica esperava que “este evento horrível dê origem a resoluções e ações de paz em todos”. Antes de lamentar: “E a história se repete e se repete… vemos agora o que está acontecendo na Ucrânia”. Rezemos pela paz”.
Durante as saudações finais em italiano, o pontífice pediu à Virgem Maria “conforto para aqueles que são provados pela brutalidade da guerra, especialmente para a Ucrânia martirizada”. “Oremos por este povo mártir que sofre tanto”, convidou antes de recitar o Pai Nosso com a multidão.
2Francisco exalta a “graça original” de Maria
Por Camille Dalmas – “Que a Imaculada nos ajude a preservar nossa beleza do mal”, disse o Papa Francisco no Angelus em 8 de dezembro, a festa da Imaculada Conceição. Da janela do Palácio Apostólico do Vaticano, ele exortou os fiéis na Praça de São Pedro a lembrarem-se de que, como Maria “a única criatura humana sem pecado na história”.
“Nós também, pecadores, recebemos um dom inicial que encheu nossas vidas, um bem maior que qualquer outra coisa, uma graça original, da qual, no entanto, muitas vezes desconhecemos”, salientou o Papa. Este dom, explicou ele, é o Espírito Santo que “desceu em nossas vidas” com o batismo. Ele lembrou que este era o significado da vestimenta branca usada pelos recém batizados.
O Papa Francisco disse que ao recordar esta “beleza original” em todos, o batizado podia ver que por baixo de seus pecados há “um bem maior”. Mas a “preservação” desta graça “requer um custo, uma luta”, advertiu ele.
Tomando o exemplo da “coragem” de Maria e não hesitando em se consagrar a ela, pode-se superar “tentações” e escolher “o risco de Deus”, concluiu o Papa.
O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado em 8 de dezembro de 1854 pelo Papa Pio IX na constituição apostólica Ineffabilis Deus. Considera que a Virgem Maria nasceu “imaculada”, ou seja, livre do pecado original. Este dia é um feriado público na Itália.