O dicionário Cambridge, da língua inglesa, alterou recentemente a definição que dá aos termos “homem” e “mulher”, passando a apontar como critério de uma das acepções não o sexo biológico da pessoa, mas a assim chamada “identidade de gênero” que cada indivíduo atribui a si próprio.
Com essa referência que não é consenso, o dicionário agora define como homem o “adulto que vive e se identifica como homem, embora possa dizer-se que tenha nascido com sexo diferente”. De forma quase idêntica, mulher é definida como pessoa “adulta que vive e se identifica como mulher, embora possa dizer-se que tenha nascido com sexo diferente”.
É importante observar que, em inglês, a definição apresentada diz: “an adult who lives and identifies as [female/male] though they may have been said to have a different sex at birth“.
O pronome “they“, que significa primordialmente “eles ou elas”, é aqui considerado um “pronome neutro”. De fato, ele tem sido usado também no singular para designar pessoas transexuais, evitando os pronomes “he” (masculino), “she” (feminino) ou “it” (que, embora neutro, seria pejorativo porque não se aplica a seres humanos, mas apenas a outros animais e objetos).
O uso do pronome “they” como “neutro”, aliás, chamou a atenção de vários críticos da nova definição de homem e mulher segundo esse dicionário e com base na ideologia de gênero.
Entre os que refutaram o embasamento da mudança está o jornalista e escritor Christopher Rufo, do Manhattan Institute. Ele afirmou que os autores do dicionário não usaram os pronomes “ela” ou “ele” porque, a seu ver, “sabem que estão mentindo”.