Todos os verdadeiros missionários levam Jesus escondido na própria experiência. Eles sabem que só Jesus pode realizar mudanças e encher a vida dos outros de alegria.
O que é uma missão? O Evangelho responde a esta pergunta na passagem que nos descreve a jornada de Maria rumo à casa da prima Isabel. Foram cerca de três ou quatro dias de caminhada extenuante, e, mesmo assim, Maria percorre essa distância com rapidez e sem vacilar: “Maria partiu às pressas rumo às montanhas, para uma cidade de Judá”.
Quando ela chega à casa de Isabel, revela-se um primeiro sentido dessa viagem/missão: quando Isabel ouve a saudação de Maria, a criança salta de alegria em seu ventre. Tão logo Maria entra, a sua mera presença e saudação inunda de júbilo a casa e as pessoas que nela se encontram.
Levar alegria é o propósito de toda missão cristã. Mas não uma alegria qualquer: a alegria que vem de introduzir a presença de Jesus na vida de outras pessoas. É significativo que Jesus esteja escondido no ventre de Maria como num tabernáculo e, no entanto, essa aparente ausência de Jesus não impede que aconteça uma revolução de alegria.
Todos os verdadeiros missionários levam Jesus escondido na sua própria experiência. Eles sabem que só Jesus pode realizar mudanças e encher a vida dos outros de alegria. Eles não confiam nas suas próprias obras e sim no trabalho misterioso de Cristo através deles. Tal como Isabel vê Maria e não Jesus, também nós vemos os missionários e não Jesus.
Contudo, o protagonista oculto é revelado pelos frutos que os missionários dão:
“Isabel, cheia do Espírito Santo, gritou em voz alta e disse: ‘Bendita és entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre’. Como pode ser que venha até mim a mãe do meu Senhor? Pois no momento em que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança no meu ventre saltou de alegria. Bendita sejas tu que acreditaste que se cumpriria o que o Senhor te havia dito”.
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