No domingo passado, o Papa Francisco revelou em uma entrevista ao jornal espanhol ABC que havia assinado uma espécie de carta de renúncia condicional no início de seu pontificado, entregue ao Secretário de Estado do Vaticano, que poderia ser aplicada se ele se tornasse clinicamente incapaz de cumprir suas funções. Vários papas antes de Francisco assinaram cartas semelhantes, mas o jornal The Pillar observa os problemas canônicos levantados por tal movimento. De fato, "uma renúncia papal não precisa ser aceita por ninguém para ter efeito", pois "o pontífice não está sujeito a nenhuma autoridade humana no exercício de seu ofício eclesiástico". Entretanto, o fato de esta carta ser confiada ao Secretário de Estado poderia dar ao "primeiro-ministro" do Papa um poder além de suas prerrogativas. "A própria linguagem deve ser precisa. Deve-se ressaltar que o próprio Papa renuncia livremente se certas condições forem satisfeitas. Não poderia ser visto como dando a qualquer pessoa ou grupo o poder de retirar o Papa do cargo - pois ninguém pode ter poder para exercer autoridade sobre o Papa", insiste The Pillar. Estabelecer condições médicas específicas para justificar uma renúncia, como um coma persistente, pode ser sensato, mas estaria aberto a interpretações diferentes "mesmo entre pessoas de boa vontade e real competência".
Uma opção mais simples e racional seria estabelecer "a demissão em idade fixa - 80, ou mesmo 75 anos, enfatizando sua solidariedade com outros bispos diocesanos, e apelando para a eleição geral de homens mais jovens". A outra opção, que parece ter sido abandonada desde a renúncia de Bento XVI, é aceitar que "a realidade da mortalidade humana significa que há momentos em que o papa reduziu sua capacidade, e quando a governança centralizada diminuiu", como foi notavelmente o caso no final do longo pontificado de João Paulo II. "Pode significar também a aceitação de uma espécie de lição espiritual, ou seja, que Deus controla sua Igreja e que o autor da vida guia tanto o sopro de vida de São Pedro quanto a vida da Igreja".
The Pillar, inglês
2Bispo alemão exige libertação de presos políticos no Irã
O bispo Peter Kohlgraf de Mainz, presidente da organização internacional católica de paz Pax Christi na Alemanha, anunciou seu compromisso público de escrever à embaixada iraniana em Berlim para exigir a libertação de dois homens - Arian Farzamnia e Reza Nowrozi, cujas vidas estão em perigo - presos por participarem dos protestos que deixaram mais de 300 mortos no país. "Que um menino de 17 anos seja ameaçado de execução por participar de uma manifestação, que um jovem pai seja torturado por um ato desesperado… são graves violações dos direitos humanos que mostram a brutalidade com que o regime iraniano age contra o povo", escreve o bispo. Sua ação, explica Religión Digital, é parte de uma iniciativa da Sociedade Internacional de Direitos Humanos (IGFM) onde indivíduos de alto perfil intercedem por prisioneiros e fazem lobby com políticos para impedir sua execução. Na Alemanha, por exemplo, o Primeiro-Ministro da Renânia-Palatinado, Malu Dreyer, está intercedendo por uma menina de 16 anos, Sheno Ahmadian, que teria sido sequestrada pelas forças de segurança iranianas em meados de novembro e de quem não há notícias desde então.
Religión Digital, Espanhol
3E também na imprensa internacional...
Ucrânia: o Cardeal Zuppi também defende uma grande conferência internacional
Depois do Papa Francisco e do Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, o presidente da Conferência Episcopal Italiana, Matteo Zuppi, também está esperando uma grande conferência de paz após a conferência de Helsinki durante a Guerra Fria.
Vatican News, italiano
O jesuíta Rupnik permanece no Vaticano apesar das sanções
O caso do padre jesuíta Marko Rupnik continua fazendo manchetes. O mundialmente famoso artista de mosaico, que é influente no Vaticano, não foi removido de seu posto no Vaticano, apesar de ter sido excomungado por um tempo.
The Pillar, inglês
O Cardeal Mauro Piacenza escreve para os confessores no Natal
"Que haja horários e luzes acesas naquela 'tenda de Belém' que é o confessionário". Este é o pedido do Cardeal Mauro Piacenza, penitenciário maior da Santa Igreja Católica, expresso em carta enviada aos penitenciários e a todos os confessores na véspera de Natal e noticiado pela mídia do Vaticano.
Vatican News, francês