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Ucrânia: “Não sabemos como vamos sobreviver ao Natal”, diz núncio

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METIN AKTAS / ANADOLU AGENCY / ANADOLU AGENCY VIA AFP

Une église endommagée dans le village de Grakove après sa reprise par les forces ukrainiennes, le 9 septembre 2022.

Reportagem local - publicado em 25/12/22

O frio está a ser usado como arma contra o povo ucraniano

Nas últimas semanas, a Fundação AIS tem recebido diversas mensagens de sacerdotes, irmãs e bispos agradecendo a solidariedade dos benfeitores em todo mundo para com o sofrido povo ucraniano.

Uma das mais significativas foi enviada pelo Núncio Apostólico na Ucrânia. Num vídeo com quase três minutos, o Arcebispo Visvaldas Kulbokas dirige-se directamente a “todos os amigos da Fundação AIS”, e diz: “não sabemos como vamos viver o Natal, como vamos sobreviver ao Natal”.

O prelado agradece tudo o que tem sido feito pela Ucrânia, em guerra desde há 10 longos meses, e fala num povo em sofrimento e num país destroçado. “Ontem vim de Kiev para Lviv, e durante 90 por cento desta viagem de sete horas estive incontactável por telemóvel ou Internet devido às consequências dos ataques dos mísseis.”

As falhas nas redes de comunicações é apenas um exemplo do estado de destruição causado pelos constantes ataques lançados pelas forças russas. A isso, soma-se o frio muito intenso que se faz sentir nesta altura do ano. Um frio que está a ser usado como arma contra o povo ucraniano. “Não sabemos como vamos viver este Inverno”, diz também D. Visvaldas Kulbokas, reforçando um sentimento de angústia que estará presente entre toda a população.

Mas se o frio, a destruição e o medo causam apreensão, também é verdade que o povo ucraniano tem testemunhado uma imparável onda de solidariedade, nomeadamente através de instituições da Igreja Católica como a Fundação AIS.

“Estamos gratos, especialmente pelas vossas orações. Pelas orações em primeiro lugar, porque as orações estão a chegar a Deus, nosso Pai. Esta é a ajuda mais importante que estamos a receber de vós”, diz, dirigindo-se directamente para os benfeitores da Fundação AIS. É a força da “oração para parar a guerra”.

A mensagem termina com uma frase que revela angústia pelo futuro apesar das certezas que se alimentam na fé. “Gostaria de vos assegurar o quando apreciamos aqui na Ucrânia a vossa proximidade, a vossa caridade espiritual e eficaz. Não sabemos como vamos viver o Natal, como vamos sobreviver ao Natal. Por isso, será um período difícil. Mas com a ajuda e a caridade que estamos a receber de todo o mundo significa Natal todos os dias, todos os dias que vivemos, porque não sabemos o que teremos amanhã. Todos os dias para nós é Natal. Portanto, por favor, rezem por nós e que Deus vos abençoe.”

(Com AIS)

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