A terrível morte de Estêvão parece estragar toda a atmosfera do Natal. Como podemos acreditar na luz quando a escuridão vence desta maneira?
A terrível morte do diácono Santo Estêvão parece estragar toda a atmosfera do Natal. Como podemos acreditar na luz quando a escuridão vence desta maneira? Como pode o martírio de Estêvão coexistir com a boa nova do Evangelho, de um Deus que se faz homem e vem habitar entre nós?
A passagem do Evangelho do dia 26 de dezembro nos ajuda a lançar alguma luz sobre esta questão chocante:
“Cuidado com os homens, pois eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão em suas sinagogas, e sereis conduzidos perante os governadores e reis, por minha causa, como testemunhas diante deles e dos pagãos”.
Jesus não deixa os seus discípulos no escuro. O que parece, na verdade, é que Ele quer afirmar: “Não pensem que tudo vai sempre correr bem; pelo contrário, justamente quando vocês se decidirem a viver de certa maneira, vão experimentar que tudo vai contra vocês. Mas não percam a confiança, porque eu os ajudarei a atravessar todas as tempestades”.
Se continuamos pensando em Jesus como um amuleto da sorte que afasta as desgraças da vida, então ainda não entendemos nada sobre o cristianismo. Jesus não é um jeito de não termos problemas, mas sim Alguém que nos ajuda a não sucumbir a eles.
O objetivo do mal é usar os problemas para nos desencorajar, para nos fazer perder a esperança e a confiança e, sobretudo, para minar a convicção de que Deus é nosso Pai. Mas Deus se vale das adversidades para nos ajudar a usar ao máximo a nossa liberdade, especialmente quando tudo parece perdido. Na verdade, só os que confiam como Estêvão podem se encarar a morte sem medo, porque pessoas assim nunca morrem de verdade.
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