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O que são as “oitavas” para a Igreja Católica

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Pe. Henry Vargas Holguín - Reportagem local - publicado em 26/12/22 - atualizado em 16/12/24
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Você sabia que o Natal é celebrado mesmo após o dia 25 de dezembro? Nos próximos 7 dias, podemos continuar refletindo sobre o nascimento de Jesus Cristo.

Não é de se estranhar que muitos associem a palavra "oitava" principalmente ao campo musical. Mas, na esfera eclesial, especialmente na liturgia da Igreja, a oitava é outra coisa. Trata-se de uma forma de celebrar uma solenidade.

As oitavas celebradas pela Igreja

Atualmente, a Igreja celebra de modo ainda mais especial duas solenidades: Natal e Páscoa. 

De fato, essas solenidades são celebradas durante oito dias. É por isso que falamos Oitava de Natal ou Oitava de Páscoa.

Até o ano de 1969 havia também a oitava de Pentecostes, que foi suprimida do calendário romano.

Oito dias de celebrações

Chama-se, então, "oitava" à celebração continuada durante oito dias de cada uma destas duas solenidades. Em outras palavras: a oitava, seja de Páscoa ou de Natal, começa no dia (da Páscoa ou do Natal) e prosseegue nos sete dias seguintes.

As Oitavas de Páscoa e de Natal são tão importantes que, normalmente, não é permitido usar uma forma de celebração da Missa diferente daquela do dia da oitava correspondente.

A oitava de Natal

Atualmente, a Oitava de Natal inclui várias outras festas: a da Sagrada Família, a de Santo Estêvão, a de São João Evangelista, a dos Santos Inocentes, a de São Tomás Becket e a do Papa São Silvestre.

Todas essas festas nos conduzem - cada uma ao seu modo - para a Natividade de Jesus, ajudando-nos a refletir sobre a Encarnação do Verbo.

O oitavo dia da Oitava de Natal é a Solenidade de Maria, Mãe de Deus, em 1.º de janeiro.

De onde vem a tradição

As oitavas, para a Igreja, são uma prática que tem suas raízes no Antigo Testamento, já que o antigo povo de Israel celebrava suas grandes festas durante oito dias.

As festas - como os Tabernáculos, Pães Asmos, Páscoa - eram grandes festas do povo de Israel, das quais o oitavo dia era o mais solene.

E esta tradição vem, por sua vez, do tempo de Abraão. Deus fez uma aliança com Abraão e seus descendentes, cujo símbolo era a circuncisão no oitavo dia após o nascimento de todo homem (Gn 17:11-12).

É por isso que Jesus, como judeu, foi circuncidado no oitavo dia, recebendo o seu nome nesse dia (Lc 2,21).

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